3 de abr. de 2016

reservado o direito de atender.


Para mim a ética não é uma lista de protocolos. É um contrato de condutas dentro de um grupo de pessoas. Não existe ética alguma no código de Ética Medica, De engenheiros, de lixeiros, de uma empresa versus seus “colaboradores”, uma vez que um dos envolvidos - o paciente, o colaborador, o contratante etc- não opinou. Poderia se chamar Código de Conduta. Mas Ética, definitivamente, não tem nada a ver.
No mais, essa discriminação já existe quando se fala na forma de pagamento, SUS, Planos de Saúde, dinheiro.
O petismo - e assemelhados - é, sem dúvida, mais uma forma para se discriminar, assim como o antiperismo.
Uma consulta ao médico é um produto, que pode e, em geral, se reduz, por um lado, a minutos e dinheiro, e saúde por outro.
Nunca resolvemos bem essa relação, nem na compra de mortadela fatiada na padaria, quanto menos, na relação médico-paciente. Quando ficamos nervosos recorremos ao dinheiro: “Eu tô te pagando”. “Meu paí é quem paga teu salário”. Só mostra que as relações afetivas desaparecem imediatamente.
É uma relação nebulosa, nem meramente capitalista, nem afetiva. E somos assim em tudo que fazemos. De um lado queremos o Capital, mas não queremos as relações “frias” dele e as tensões que ele gera. Não aceitamos, tranquilamente, ser objeto por meio do qual alguém obtém, meramente, lucro, e muito menos ser descartados por alguma qualidade que não temos.
Dito isso, o comum seria pregar uma placa na entrada, não aceitamos Petistas.
Nós bares da Espanha há uma placa que deixa claro que a admissão do freguês é faculdade do dono do bar.

31 de mar. de 2016

Num jogo de Futebol sem bola, o juiz viu um toque de mão...



Num jogo de Futebol sem bola, o juiz viu um toque de mão...



Circulou tempos atrás pelo facebook – foi ai que vi – que uma associação desportiva de Ontário estimulava os moleques a jogar futebol sem bola, para evitar que houvessem perdedores. “Queremos – declarava o dono da ideia – que nossos filhos aprendam que o esporte não tem nada a ver com a competição, senão com a imaginação. Se imaginarem que são bons jogadores, então são”. Parecia verdadeira, a noticia, mas não, era falsa. No entanto a verossimilhança induzia ao erro. No fundo uma piada liberal. E muito boa, por sinal. Querem salientar a artificialidade da igualdade. Acontece porém, que a igualdade a que se reclama, não repousa no impedimento das diferenças, nem na subtração completa das virtudes, excelências, etc.
Queremos igualdade, ao mesmo tempo que queremos e somos diferentes dos demais. Assim, o que se reclama é um igual direito de ser diferente, porque a diferença é a máxima expressão da liberdade de da autenticidade.
O tema do futebol sem bola, no entanto, o lembro a propósito de políticos democratas sem votos. Como se Aécio, Temer, fossem aqueles moleques que querendo ser presidente, num sistema democrático, o querem sem eleição, sem votos, entendem que vale mais suas vontades, e o que eles pensam sobre si mesmos. Para isso, contam com o apoio do árbitro, que apitou um pênalti, mão na bola ou bola na mão, ainda que não haja bola.

Cito Aécio, porque foi com sua não aceitação de derrotado nas urnas, quem deu o pontapé desse futebol sem bola, tresloucado e davidianamente luiz, criador do problema político que hoje vivemos. Depois Temer, como o verbo que quer se fazer sujeito, sendo ele, mais propriamente, um político sem nenhum brilho, uma triste figura, um catrumano, se eleito deputado, foi pela engrenagem azeitada de seu partido, não por qualquer caraterística sua, boa ou má, pois ele não tem nenhuma, nem uma pinta na coxa como Angélica.

30 de mar. de 2016

De Ignorante para Ignorante. Hegel.






Um filósofo procura um gato preto num quarto escuro, dizem que definiu assim Karl Popper; a religião é parecida, só não existe o gato... é evidente que esse sou eu. Se você gostou da diferenciada que dei ou 'acha' Angelina Jolie é mais que o Brad, venha para um curso completo de 7 aulas centígradas ou prove de uma, ou prive-se de todas as demais, já que são modulares. Como as mônadas de Leibnitz. Se você não entendeu, consulte-me pelo email, ensino a assoar o nariz, escrever poemas à Amada, ou à Amante, elaborar um sistema filosófico para consolar a própria morte, a morte dos seres queridos, animados ou inanimados, importante que nos mande suas medidas, se o modelo é alto ou baixo.

De ignorante para ignorante, Hegel.

26 de mar. de 2016

É Matar ou Morrer ou Morrer matando. Somos todos talibãs?


Juízes (16,30)

E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara em sua vida. É assim que se narra no Antigo Testamento, a vingança final de Sansão, chicote dos filisteus, quais neste episódio, morreram uns 3000. Ainda que, a submissão de Israel aos filisteus fosse obra de Javé, como castigo pelos seus pecados, os judeus não pouparam honras a Sansão. Ao contrário, “Então seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, e tomaram-no, e subiram com ele, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai.”  Notem a frase inicial: “ Morra eu com os filisteus”. Morre matando como um talibã. Lei de Talião, olho por olho…  que também se encontra no Corão. (II-172), ligeiramente diferente: “No homicídio, o livre por livre, o escravo por escravo, a mulher por mulher…) .
O mundo ocidental, ainda há pouco passou a ser privadamente ateu, como no mundo muçulmano bebe da Bíblia estas idéias de vingança disfarçadas de justiça. Assim cegados pelo olho por olho seguimos ...

25 de mar. de 2016

botões da camisa.



Tenho com você uma fantasia sexual, pode parecer uma fantasia sexual como outra qualquer, mas não é. Neste momento, por exemplo, alumbro o orgasmo só de pensar em você, pensar na prática, o tremendo desejo que Você me desperta, é tão forte, que a melhor coisa a fazer é pregar uns botões naquela camisa que penso usar no dia que Você irá arrebentar, novamente,  os botões. 

24 de mar. de 2016

Qual é o significado da Semana Santa?


  • Renato, vê se me explica isso: como Jesus perdoa a todos os homens?
  • Cristo podia perdoar e absolver .
Responde Pe Renato Abdade, por isso o chamamos Redentor. É Deus antes de tudo. Por que teve que sofrer, morrer? Pensamos nele ? … A moral dessa fábula é semples: nem sequer Deus se atreveu, escute bem, a perdoar os homens desde os céus, porque o valor de um perdão como esse seria nulo. Não, desça do teu Sinai, e meta-se na pele infame de um escravo, viva e trabalhe uns trinta anos como carpinteiro, numa cidade pequena e suja, suporte tudo que um homem pode suportar de outros homens, e quanto de lacerarem com chicotes, te arrastem com cordas, e te crucifiquem quase pelado num poste, exposto à vergonha e ao escárnio, e pergunte desde este maldito Alto: Ama os homens como antes ou não? E se diz: “Sim os amo como antes”. Tal como são? “De todos os modos, os amo”. Então, Perdoa? Perdôo! Esse perdão tem uma força terrível.  E quem crer   que possa e queira ser perdoado, será. Porque não é Deus no céu, quem perdoa, mas um escravo crucificado. Esta é a Redenção.
  • Poderia perdoar Judas?
  • Por que não?
  • Quem era Judas no fim de contas?
Um homem que havia supervalorizado terrivelmente suas forças.  Três quartos dos traidores são herois fracassados. 

23 de mar. de 2016

Isso não é um par de botinas.



O quadro de Van Gogh leva Heidegger a reflexões, nem tão só acerca da obra que revela sua representação. Ademais, á  Sherlock, deduz, que o par de botinas, pertencem a uma camponesa. Que talvez, se limite a calçá-las para enfrentar a terra gelada dos trabalhos labregos... Meier Shapiro interviu na discussão e disse não se tratar de botinas de labregas, mas sim do próprio Van Gogh, e que Heidegger não passa (na verdade o próprio Heidegger o demonstra) de porco fascista, que toma o objeto sem levar em conta o autor, a subjetividade.... Derrida tira uma das luvas e joga nas caras grandes  deles -  Heidegger e Shapiro -  e diz  que eles, sim,  são um par de cenouras, ou nabos, e que as botinas, em questão, nem sequer formam um par e que o impacto do quadro põe em jogo, para cada observador, uma miríade de construções pessoais e simbólicas e iconográficas, destapando, em todo caso, a própria verdade, a verdade em si.