26 de nov. de 2015
Dárcy: Rua João Bim!
Dárcy.
Darcy, eu gosto dos americanos do norte por alguns motivos específicos. Um deles é que não acreditam na consciência, nem no bom senso humano. Por isso inventaram os semáforos, depois o de três tempos, porque se deixar para o arbítrio, o ônibus atropela o carro que atropela a moto que atropela o pedestre, e se bobear o pedestre atropela o ônibus, o carro, a bicicleta e a moto e aos outros pedestres de bengala. Vamos instalar uns quantos desses cotizadores de trânsito, vamos!? Verde , agora você!
24 de nov. de 2015
Pop never Stop.
Pop.
A democratização , as vezes, querem dizer, levou à vulgarização, no âmbito cultural. Com o advento das novas tecnologias a generalização se esparramou.
Há quinhentos anos, somente as elites religiosas e os nobres tinham acesso livre, os demais comiam capim na escuridão da ignorância.
Hoje, apesar da sua clara falta de qualidade, a educação universal, os meios audiovisuais, e o desmoronamento das informações para todas as mentes, mesmo os mais burros, os mais preguiçosos, os que não querem, sabem. Faço um parênteses, recordo da bibliotecária do Otoniel Mota, com seus colares de bolotas coloridas, que me bloqueava o acervo. Fim do parênteses. Muitos, como eu, tínhamos muitas dificuldades em ter livros, televisão, jornais… outros não, e eram uma parcela muito maior que a de príncipes e bispos de antanho.
Hoje tá tudo na nuvem. Todos os volumes do mundo, na língua que me apraz.
Tudo faz crescer a homogeneização, que faz tempo que desemboca no que se diz,Pop. Tudo que significa cultura está sob este guarda chuva, ao custo de um clique, pouco mais: R$ 79,90 por mês.
Alguns insistiam no conceito de alta cultura, mas a alta cultura deu uma rabeada, e sua carga caiu no barro fundamental e a mistura se tornou inclassificável, de natureza esquiva, como seu criador, disforme, borrando todas as fronteiras entre a arte e a qualidade. Por fim, não se sabe o que é cultura. Nem ela sabe quem somos, justo nós quem devemos consumi-la, para que então ela exista. Concordamos em Bach, Beethoven, Mozart, quem sabe Villa Lobos e pouco mais. Mas concordar em quais os melhores cantores e cantoras do séc XX, que são umas centenas, só dos que já foram enterrados? O mesmo nas artes plásticas Picasso, Portinari, Caribe, Miró… mas depois das vanguardas , não creio que saberíamos coroar a hierarquia pictórica das últimas décadas. Por falta de perspectiva, certamente, ainda que o fim das fronteiras, de que falei, mas a banalização, e até mesmo a ridicularização da alta cultura, tudo isso tem a ver com essa cegueira. Vivemos na superfície, dos extratos, resumos, a imediatez das ideias, as imagens, as manchetes, os memes, a fugacidade das reflexões. Talvez nos falte saber gestionar, não é preciso que seja ruim, se soubemos antes, ou será que esta recusa em discriminar nos leva ao desastre?.23 de nov. de 2015
Into the Wild.
Into the wild.
Não vou falar do
filme de Sean Pen, e falo, mas me importo, mais agora, com a
tradução livre e espontânea que pensei:
Silvestrarse.
Trazemos certo ruído
de uma permanente atração pelo limite, a fronteira,
como se na alma estivesse agasalhada uma chamada que a cidade não
oferece resposta. Essa coisa 'selvagem', frequentemente, é
algo a conquistar (domesticar) ou bem a sonhar (pioneirismo), mas me
parece que o natural é outra coisa.
Outra coisa, que nada
tem a ver com a ecologia que é uma forma de piedade para com a
coisa selvagem.
Exatamente o quê,
queremos dizer com natureza selvagem? Pode-se supor algo grandioso,
duro, dramático, violento e formoso; algo que no fundo, nos
oferece alguma coerência na sua falta de medidas, alguma beleza
na sua crueldade.
Da natureza devemos
voltar para casa mais sábios, como nos contos infantis. De
certa forma não pensamos na natureza quando nos deparamos com
terríveis deformações congênitas, a morte
súbita, ou as conseqüências perversas de nossas
boas intenções.
A natureza não
tem sentido.
Se buscarmos na
natureza algum sentido, não passa de outra que não a criação de
nova religião. Me parece que no momento em que esperamos algo
da natureza começamos a ser piedosos, quem espera, já é
um crente, e estamos batendo sem saber na porta da divina
providência.
O Erro Está na Dose.
A Dose.
Penso que o mundo mudaria rapidamente se as doses dos "castigos" fossem reduzida. Por exemplo, o cigarro não deveria 'dar câncer" mas coceira. Sim uma simples coceira, sem pomadas que a resolvessem. Imagina uma festa de gala, e toda a gente se coçando, com marcas vermelhas por todas as partes....
O mesmo se dá na questão ambiental, que promete a falta de água, o derretimento dos polos, a subida dos mares, o fim das cidades da orla marítima... Em vez disso tudo, um simples furúnculo na borda, na aureola do cu. Já era, ninguém ia cortar árvores, emitir fumaça poluente, jogar lixo no rio, mas não, a promessa de uma catástrofe que nunca chega de uma vez. Um furúnculo salvaria o planeta, umas coceiras os males do tabagismo...
O mesmo se dá na questão ambiental, que promete a falta de água, o derretimento dos polos, a subida dos mares, o fim das cidades da orla marítima... Em vez disso tudo, um simples furúnculo na borda, na aureola do cu. Já era, ninguém ia cortar árvores, emitir fumaça poluente, jogar lixo no rio, mas não, a promessa de uma catástrofe que nunca chega de uma vez. Um furúnculo salvaria o planeta, umas coceiras os males do tabagismo...
22 de nov. de 2015
Sobre como deve responder quem é de direita, conservador, sobre os ataques a Paris
Sobre como deve responder quem é de direita, conservador, sobre os ataques a Paris!
Não necessitamos de história e filosofia para saber quem são os bons e quem os maus.
Nem para saber que se nos atacam temos que nos defender.
Nem para compreender que a obrigação de toda comunidade é garantir sua continuidade no tempo. Logo, não necessitamos de filosofia e história para preservar nossos valores.
Então afirmo e pergunto:
A clareza sobre estas coisas não é proporcionada pela política.
Se não poder se explicada pela filosofia e a história estamos perdidos?
Respondo: estamos perdidos.
Por isso não hasteio a bandeira da França. Nem canto a Marselhesa. 20 de nov. de 2015
Como Organizar a Indisciplina?
Como Organizar a
Indisciplina?
Aqui no mundo virtual,
tem se falado muito sobre/de/entre/em machismo... E se faz como é
normal, em/sobre/de/entre tudo. Meu pitaco não falta, tarda.
Pergunta: se numa
cidade a maioria decidir abolir a roupa, têm direito de botar pelados a minoria, opositora? Não é, por acaso,
psicologicamente intolerável que pessoas pacatas pretendam
cobrir supostas vergonhas que os desinibidos luzem descomplexados?
Digamos que sim.
Um outro ponto que me
interessa é, vamos ver... Aquele ou aquela que desperte o
impulso sexual do outro ou da outra, está exercendo ou não
uma interferência, ou inferindo “palpável” em sua
liberdade? Se digo que sim, o intrometido ou intrometida tem que
estar dispostos/dispostas a apaziguar o que sublevou. E se, se negar,
há que ser expulso/expulsa do local que mora.
Podemos chamar a isso
de organização da indisciplina?
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