21 de ago. de 2015

Escarmentacão.

Escarmentação.

O economista, prêmio Nobel, Paul Krugman, crítico ferrenho das políticas de austeridade alemãs - Comunidade Européia - qualificou de 'golpe de estado' a imposição à Grécia das medidas de austeridade, posteriores ao referendum, e supõe que seja o maior castigo jamais infligido contra um governo soberano, por parte de entidades supranacionais. A decisão de Alexis Tsipras de se demitir e antecipar eleições para setembro, mostra os danos causados pela trinca à legitimidade do Governo Syriza, um formação de esquerda, à qual se devia condenar ao fracasso, para servir de escarmento aos demais países europeus.
É notório que a Grécia, desde antes à sua incorporação ao euro, já não era um país fiável, que mentiu com a ajuda de França e Alemanha, para não ir tão longe, durante governos de centro direita,campeões do desgoverno. Agora, quando um governo de esquerda, tenta reconduzir a economia helena - país mais pobre da zona Euro - o castigo veio sem misericórdia, em troca de uns bilhões de euros, que os helenos jamais pagarão aos seus credores. A pergunta é se alguém pagará, os EUA devem 29% de toda a dívida do planeta, seguido de Japão, Alemanha, China, Itália, e depois Brasil que deve 2,5% do montante global. A diferença é que qualquer desses países são soberanos, soberania que o Brasil conquistou mui recentemente, e que não podemos perder

19 de ago. de 2015

Estado Mínimo!

Estado Minimo.
Minha memória é minha pátria. Meu território é minha sombra com o sol no zênite, alguma expansão territorial na hora da sesta, em uma rede. Tenho língua, cultura e gastronomia própria. Sou um estado mínimo

18 de ago. de 2015

16A. 16 de Agosto.

As manifestação de 16Agosto, me intriga por alguns motivos,
Um deles é, se tanta gente está indignada, por que tão poucos saíram às ruas? Isso diz muito de nossa índole, antes de mais nada. Segundo, queremos mudanças e sobretudo que outros as perpetrem, ainda que seja inter pares, façam por mim. Boquirotos. Impacientes e invejosos. Birrentos. Fala-barato. Outra é que todo o aparelho Mediático do país, o que incluí o Neto, Ana Maria Braga e seu louro José, e os melhores economistas e analistas vencedores, verdadeiras vacas premiadas de Barretos, não conseguem fazer uma manifestação como deveria ser, dada a gravidade dos publicados problemas e a expansão cósmica da crise.
Se a crise é essa, e se a indignação é tanta, algo de grave deve existir. Ou é tudo farsa canhestra, ou essa gente vale menos que a farsa

Horrorizado? Mr. O'Brien!

Horrorizado!

Um sangrento conflito, que dura quatro anos, com mais de 250 mil cidadãos mortos de ambos os lados, quase um milhão de feridos, nunca é demais lembrar que se trata de um país capitalista, à sua maneira, claro. Metade da população síria abandonou suas casas, por força. Não faz mais que um lustro que se tratava de uma geografia conhecida, sobretudo, pelos sítios arqueológicos, ruínas e monumentos persas, também atacados nessa luta fratricida. Tudo isso para só agora um fulano da ONU, um Fulanaço, se declarasse abertamente "horrorizado"!, ontem, depois que a tropas leais a Bashar al-Assad, bombardeassem, indiscriminadamente, um mercado perto de Damasco, matando cidadãos, uns 100.
 Stephen O'Brien, esse é o cara. Salta aos olhos que a segunda guerra não serviu para nada e a ONU a cada dia perde protagonismo, que já não era lá essas coisas. 

17 de ago. de 2015

Memórias.

As primeiras recordações se confundem na memória, tão densas, que não sei se minhas ou se de mim por outros. De qualquer forma verídicas, por as ter ouvido nas datas festivas, lembra o dia que sumiu, você aprendera a andar muito cedo, e com um ano saracotiava pelo quintal, eu e teu pai te chamávamos, fomos ao galinheiro, aonde você sempre ao ouvir a galinha cantar ia lá chupar o ovo, teu pai lhe ensinara, um buraquinho e sucção. Fomos à horta,  voce adorava comer os quiabinhos tenros colhidos do pé, e não estava lá, foi aí que saiu o grito que assustou até compadre Cassito, desembestei a correr rumo ao ribeirão, e lá estava você brincando na água rasa, quando nos viu em pranto, também se atrapalhou e caiu na água mais forte, teu pai entrou no ribeirão, mas não te alcançou, por sorte, o Armênio estava na beira do córrego e esticou o braço e te pescou.  A partir daí, tinha uma bacia grande cheia d'água só para me refrescar. Mantive aquele medo do rio, para mim era sempre o mesmo e queria me levar a jusante. Bem mais tarde aprendi que nem eu e rio eramos os mesmos, mas isso foi muito mais tarde, convém por agora não embaralhar as memórias. Mais tarde Armênio reaparece na história, me ensinaria  brigar.

14 de ago. de 2015

Caixinha de Pandora.

Levava anos procurando minha caixinha. Sim, uma caixinha que estava dentro daquele baú que ficava lá no quartinho, aonde aquela gata angorá deu cria? Não sei que fim levou! Pode estar dentro do baú que foi pra casa da tia Carmelita. E nesses pode isso pode aquilo, foram se os dias os anos. Hoje ela chegou até mim. Foi emocionante a abrir, alegres e satisfeitas recordações, feridas ainda não cicatrizadas, com aquela casca grossa, frases que as havia colhido em pleno vôo e silêncio, um patrimônio emocional. Heráclito diria que não se trata da.mesma caixa, seguirei a procurar...

Será arte?

Será arte?

Já faz tempo que a arte não é etiquetada, em particular a pintura. Anda sem brotar ramos na árvore abstrata das escolas artisticas, tão abstratos e generalistas como informalismo, sintetismo, construtivismo, suprematismo, neoplasticismo,vorticismo expressionismo abstrato, minimalismo, cinetismo, e outros que não me recordo ou não sei nem os nomes. Os artistas da pós modernidade, me parece, são ecléticos. Entre passionais e racionais, em maior ou menor grau artesãos e tecnológicos. Aquele que já tem nome na praça, faz experimentos, em busca de estilo, se cansa e já está noutra. Fuça no baú da razão instrumental, da razão técnica, da razão intuitiva ( será possível? ),  da paixão, mas não têm escola, ou corrente, para pagar cotas, ou  se esqueceu ( ou nunca soube) que havia escolas, tendências, movimentos ou seitas.
De passagem, quando observo alguma obra catalogada como obra de arte, isso não é bastante para me impressionar e como muitos penso que a arte está em franca decadência. Chego a pensar que a arte morreu.
Se o que vivemos é pós modernidade, não sei, certamente é desencanto, relativismo absoluto, impostura e simulação, virtualidade, hiperrealidade, salve-se quem puder, utopias cariadas e cáries utópicas, aberração moral, desigualdades pornográficas, entropia, ruídos como informações, cenas que se desdobram ao infinito onde ficção e realidade se confundem.
Os movimentos, vide 2013, surgidos dos acçotes embrutecidos  do capitalismo, chegaram nessa encruzilhada, e embrutecidos na rua e na rede social denunciam a violência,  chutam o pau da barraca  em nome de recuperar valores, ética, civilidade, justiça, eqüidade, sustentabilidade, transparência, entretanto não se ouve falar de cultura, ou fala-se pouco ( em áreas para fumantes) das formas artísticas, de filosofia ou seus sistemas, de equipamentos culturais, e de artes plásticas e literatura, muito menos.
É um espelho trincado, hipertextos, metarrelatos, uma arte plástica da tatooagem, ou a estética da cirurgia.