30 de set. de 2014

Eva era Africana e Negra.




Como cada dia temos episódios de racismo e outros despreparos, vou dizer umas coisas para ilustrar a tua mente, ampliar teus conhecimentos e por que não, fazer pensar. Digo que Eva era negra e africana e que os brancos são negros descoloridos pela perda de melanina, que os séculos e a necessidade de captar o sol em endereços onde ele aparecia pouco, durante milhares de anos.
Se você faltou da aula, te explico: tudo está guardado nas mitocôndrias.
As mitocôndrias são estruturas diminutas, que ficam dentro das células para nos ajudar a gerar energia. Os cromossomos são herança do pai e da mãe, já as mitocôndrias são uma fotocópia do que havia no óvulo materno e se transmite de mãe para filha. Quer dizer, se rebobinarmos esta fita da história para retroceder na viagem das mitocôndrias chegaremos à conclusão que todas as pistas conduzem à primeira matriz na África, e portanto os primeiros seres humanos evoluíram a partir da Etiópia, Quênia e Tanzânia.

Lá viveu ha 150.000 anos a mulher da qual descendemos 7 bilhões de pessoas. Graças às mitocôndrias, sabemos que 70 mil anos depois daquela Eva, os humanos se espalharam pelo mundo e adaptaram seus fenótipos às necessidades da nova casa, natureza, variando cor da pele, cabelos, olhos, narizes, sem entretanto, mudar o sangue, que é o mesmo daquela senhora africana.
Digo tudo isso, porque só é possível uma pessoa ser racista se ela faltou nas aulas de biologia sobre as mitocôndrias e outras de bioquímica. Como não sei, vai se saber, afinal pode ser que só faltasse esta ilustração. Assim Lucy é tataravó de Eva.



29 de set. de 2014

Corporeamente, Virtual

Corporeamente, Virtual

A raposa – google – me avisou que uso senha muito simples, melhor trocar.

 Muitas críticas são feitas ao monopólio virtual que desafia nossas leis de pijama de riscas. Já não sei 

quem sou. 

Eles sabem tudo de mim, coisas que já havia me esquecido, cada vez sou mais virtual, ainda que 

mantenha complexa massa corpórea. Participo da virtualidade amavelmente, assento, mas começa a 

ser obrigatório, não posso tomar certas atitudes, senão que virtualmente.

Não há nada a fazer, tentei criar uma nova personalidade, não consegui, meu IP é meu RG, o futuro 

agravará essa coisa. 

Berro pelo apego, e estranhamente os deixo dominar-me, controlar-me, influenciar-me. Deve ser 

porque não vivo sem ser gregário, preciso ser reconhecido, tanto na virtualidade quanto na realidade 

corpórea. 

Mudei minha senha para 1984#bigB

Estranhamente, com todas essas intromissões, meu eu virtual, cada vez mais é anquilosado...

....... mudar...

28 de set. de 2014

Há fumaça, mas nem sinais do fato.


Li, vi e ouvi o que tinham para dizer, os candidatos, faço constância, todos. Não me ocorre nada de original, ou essencial, a respeito. Dizer que a dialética, praticada, está na média do país, creio ser mais excesso de pedantismo, de minha parte, e não vem ao caso. Elucubrar, mais, se a corrupção faz parte da política, ou se é em si política, moral e ética social – desde sempre me parecem indistinguíveis o par ética e moral – não vejo sentido, entretanto. A corrupção é integral, pessoal, ainda que afete só por instante a pessoa. A gradação, não tem importância. Falar das diferenças entre os anjos e os demônios, é tema sem futuro: a Bíblia o faz com abundância. E nisso o livro sagrado é taxativo, rígido e não permite intercâmbio de essências, fenômeno fundamental em política. E ainda em plano bíblico, falar da perda de inocência - é custoso fazê-lo inocentemente - desconheço adultos inocentes. Falar de tragédia? Isso é coisa para Nietzsche. Decepção? Tristeza?
Política é isso: mais retórica que fatos, mais fumaça que fogo. Mas não posso viver sem!

27 de set. de 2014

como fazer versos

Como fazer versos.

Vou botando uma palavra atrás da outra,
a linha é frágil,
a palavra é pesada,
a linha arrebenta
a palavra cai para a outra linha.
Volto a pô-las em sequência.
Se as palavras fossem bem escolhidas,
cadenciadas, com ritmo preciso
com melodia
escreveria poemas.
Então, e tão somente, então, ia falar de agronomia.
Que a as raízes afundam na terra
de dia e de noite sem melancolia.
Que tal Lua, e não Marte, ajuda a colheita, e
há estrelas vermelhas boas para a vagem
e o dourado do sol,
os buracos negros, já não existem mais,
é a grande nova,
o feijão cresceu até Perseus,
e não nos aproximamos,
nos afastamos,
porque então vamos sambar de sapatos pretos,
vestidos apertados e vermelhos
com cheiro de guarda-roupa
Ela se atrasou, porque escolhia,
mas quem chegou na hora certa, não teve que esperar,
o par que não precisou escolher
Assim se acaba essa litania.

Antes, bem antes,

Antes, bem antes.

Essa dor –
antes da pressa
da hora
antes de Freud,
antes de Poe, dos dinossauros,
antes das caravelas no mar
inquiridor sem cronista.
antes das estrelas paradas no firmamento do desassossego,
antes,
antes dos sábios, prisões e coliseus e toda sorte de artifícios,
quando tudo era uma pele, de tripa, muito fina,
e o sol negro sem borda,
antes do choro da criança -

já estava aqui.

26 de set. de 2014

Bollywood. A pergunta do milhão!

A pergunta do milhão!


Quando um coletivo tem que decidir sobre uma questão, sempre haverá diversas opções. Se não estão presentes tais questões, não faz falta decidir, já que haveria uma unanimidade e esta ou a aclamação substituem o debate e o voto. Entre pessoas civilizadas não há de haver confrontação.
No que temos que decidir se confrontam interesses diversos, com consequências diretas sobre os sentimentos, as crenças, e especialmente o bem-estar dos que ganhem ou percam.
Sempre que reflexiono, sobre o fato: de entre milhões de pessoas, 51 % votem uma coisa e 49 % votem outra.
Se fosse para viver em um condomínio com todas as comodidades para os ganhadores e tábula rasa e preconceitos para o resto dos evidentes perdedores, a votação acabaria em desastre. Um instante depois de conhecer o resultado, uma batalha campal decidiria qual das duas partes seria perdedora. Por certo, ambas as partes perderiam.
Por isso é que se fala em projetos de governo, corrupção... para não dizer a verdade, esta, sim, conflituosa.


Você votaria para que tua condição material voltasse atrás?

O sal evita que o mar se apodreça.

O sal evita que o mar se apodreça.
A serpente é a maestra dos vivos.
Desde Eva, 
seguimos seu rastro.

SE o mundo, produto de artifícios, 
é porque
as conclusões são pactadas,
pois a força da rocha, não pensa.

O corpo é o habitat da linguagem,
então,
jogo os dados, abro o livro
e alço os braços,
 para golpear,
com as mãos.

Ninguém dança convencido.
não para traçar signos
 com as mãos,  
ao alto,  com a dança,

A cor  é a do caos.
Letras e signos.
Pele de porco.
Areia sobre espelho.
Sulcar a terra com as unhas.
Cortar a sombra que já me sobe pelo joelho...