Moto-táxi. Moto-taxista. Terceira pessoa do singular do verbo dar é: dá. O adjunto adnominal flexiona com o substantivo, paroxítona terminada em y não se acentua. Estas e outras no projeto de lei que passeia pela câmara dos vereadores de Ribeirão Preto.
Tudo começa no título que dá nome ao projeto de lei. De seguida o artigo segundo, parágrafo único estabelece a quantidade de concessões segundo o critério demográfico, com limite de mil concessões. Sem me aprofundar: diria que é uma maestria de nossos legisladores a capacidade de criar, gerar mercados paralelos. Quando a própria constituição prega a livre iniciativa, regulamentada claro, mas livre iniciativa. Velho exemplo é a revenda de passagens no transporte urbano.
O artigo quinto inciso primeiro trata da idade mínima do passageiro, e a estabelece em doze anos como mínimo. Neste caso caberia estabelecer não só uma idade mínima de vinte um anos, como exigir como mínimo três atestados médicos, de médicos de conduta ilibada, dizendo da higidez física e mental do possível usuário. Continuo no parágrafo quinto em seu inciso terceiro que trata da obrigatoriedade de um segundo capacete, aquele do usuário. É uma insalubridade, ainda que o inciso quarto do mesmo artigo ofereça o remédio: a touca descartável.
Em suma é a contramão da constituição e da modernidade que fala em dignidade da pessoa humana, e do trabalho. Ainda: o governo municipal deveria concentrar suas parcas capacidades e competências no intuito de solucionar o transporte coletivo. E neste sentido o que resolve o problema é: ônibus, horários, trajetos, preço e equipamentos públicos a citar: pontos de ônibus, terminais etc.
Tudo somado o que veremos não será outra coisa senão o que vemos com respeito aos taxis e seus pontos, mais um comércio paralelo de veículos e pontos, que o atendimento de uma demanda por transporte de possíveis usuários. Quase uma armadilha para estes. Não é de causar espanto, visto estarmos em pleno ciclo da cana-de-açúcar.
6 de out. de 2010
5 de out. de 2010
BLOOM
Sua mulher ainda dormia quando ele voltava do açougue com uns bifes de rins de bode. Sua gata miava roçando contra suas pernas. Era feliz se pudesse comer vísceras como desjejum e depois defecar com critério. Derramou o leite quentinho no prato da gata. Levou para sua mulher um par de ovos moles e uma fatia de bacon junto com duas torradas, ao percebê-la desperta pelo nheque-nheque da cama. Meteu a mão em meio a sua bunda quente e úmida. Despediu-se dela com um beijo na bochecha.
Defecou com calma enquanto passava os olhos numa revista velha, quando nova a havia guardado por algum artigo que então lhe despertara interesse, hoje a folheia como se tratasse de uma revista de infinitas folhas, não encontra o artigo. Nunca tarda muito neste defecar, pois crê que o estar ali em demasia provoca hemorroidas.
No caminho para o trabalho, era um vendedor de anúncios de jornal, comprou um sabonete. Passou na sauna uns bons minutos. Saiu com o sabonete umedecido, embrulhado numa folha de revista, metido no bolso.
Não tinha pressa, pois faria somente uma visita agendada com o senhor Xaves, o chaveiro, antes de ver seu amigo pela última vez.
Passou pela quitanda para acochar o traseiro da quitandeira. Ela lhe realçou seu odor a eucaliptos. Ele estranhou que o sabonete de nada lhe havia servido. Como iria a um enterro com este aroma de lavabo asseado.
No mercadão,ancorou no bar do Ceará pelos rins de bode, lá seu amigo José comia o segundo ovo cozido, soube disso ao ver no pratinho as cascas em duas cores. Passou o sabonete para o bolso traseiro. Sentou-se no tamborete.
Na Única encontrou-se com Xaves por casualidade. Juntos foram ao escritório, onde Xaves lhe deixou três cheques pré-datados, “não sei se vão aceitar o primeiro para trinta dias”. “pegar ou largar”. Pegou.
Dali foi para a sede do jornal onde o chefe dos editores estava reunido com os editores-chefes. Estes não lhe deram a menor atenção, mas logo repararam na gola puída de sua camisa. Quem era aquele, quis saber o chefe.
Era vendedor de anúncios e antes de tudo casado com a melhor bunda de vila Bonfim, e que ela fazia favores ao editor de política. “O Jorge aquele nazista.” Sim.
Deixou os cheques com a secretária. Novamente no saguão foi interpelado pelo chefe. “Virás conosco?” “Não venho com o fotografo.” “Faço questão.” “Assim sendo.”
No carro com o redator de cultura a seu lado, fez muitos meneios de cabeça, e voltou o sabonete para o bolso da frente. “Na vida não há tempo para tudo.” Disse o redator. Meneou. “Não há tempo para rir, chorar, divertir-se e entediar-se“ Aquiesceu. “Quando nascemos já sentimos o cheiro espalhado” “Cheiro! De que?” “da morte por isso choramos” “É”!” “Depois nos acostumamos”“ A que?” “É melhor mudar de conversa, gostas de futebol?” Anuiu.
Que digo ao esteta! Que gosto de minha gata, de minha puta, do cheiro de urina que tem os rins de animais que como, para depois aliviar com sossego o meu ventre, lendo seus artiguinhos bajuladores, com o cheiro de merda misturado ao de jornal.
Tudo imaginando relatos antes de empreender um dia de trabalho, trabalho esse duvidoso, pois o que faço é andar a esmo, perambular, apachorrar, passar a mão na quitandeira, naquele cu fragrante de ventosidades matinais.
Que sou a carne, sangue e ossos do mais autêntico e desconcertado despiste. E minha alma reencarnada ou não, meu espírito, transmigrando ou donde quer que se encontre são a matéria ou o vento de uma peregrinação acorrentada à carne.
Passo em revista o universo rememorando a peripécia da minha vida, arrastando correntes feito alma penada, acolhida e rechaçada, não pelo mesmo céu de donos de jornais e de almas, se não que o céu de analfabetos e leitores, santos e canalhas, crentes e ateus, trabalhadores e preguiçosos, que assistimos ou atravessamos o drama conscientemente ou de maneira casual, pois a vida é uma enciclopédia de casualidades.
À noite voltarei para ela que é ardente e perspicaz e tenuamente puta, como todos mais ou menos o somos.
Voltarei bêbado e sem os argumentos que pereceram a luz do dia. Resta-me este que é diluído e poroso como o passar do tempo, ou mesmo o inacessível entendimento desse passar o tempo.
Sou as coisas que me sucedem, me tocam e que a mim se misturam e se alteram para separar-me delas transformado, ou como se não houvesse passado coisa nenhuma, salvo a matéria de que são feitas tais coisas, de tempo diluído, de porosidade e inacessibilidade e que por isso duram.
Defecou com calma enquanto passava os olhos numa revista velha, quando nova a havia guardado por algum artigo que então lhe despertara interesse, hoje a folheia como se tratasse de uma revista de infinitas folhas, não encontra o artigo. Nunca tarda muito neste defecar, pois crê que o estar ali em demasia provoca hemorroidas.
No caminho para o trabalho, era um vendedor de anúncios de jornal, comprou um sabonete. Passou na sauna uns bons minutos. Saiu com o sabonete umedecido, embrulhado numa folha de revista, metido no bolso.
Não tinha pressa, pois faria somente uma visita agendada com o senhor Xaves, o chaveiro, antes de ver seu amigo pela última vez.
Passou pela quitanda para acochar o traseiro da quitandeira. Ela lhe realçou seu odor a eucaliptos. Ele estranhou que o sabonete de nada lhe havia servido. Como iria a um enterro com este aroma de lavabo asseado.
No mercadão,ancorou no bar do Ceará pelos rins de bode, lá seu amigo José comia o segundo ovo cozido, soube disso ao ver no pratinho as cascas em duas cores. Passou o sabonete para o bolso traseiro. Sentou-se no tamborete.
Na Única encontrou-se com Xaves por casualidade. Juntos foram ao escritório, onde Xaves lhe deixou três cheques pré-datados, “não sei se vão aceitar o primeiro para trinta dias”. “pegar ou largar”. Pegou.
Dali foi para a sede do jornal onde o chefe dos editores estava reunido com os editores-chefes. Estes não lhe deram a menor atenção, mas logo repararam na gola puída de sua camisa. Quem era aquele, quis saber o chefe.
Era vendedor de anúncios e antes de tudo casado com a melhor bunda de vila Bonfim, e que ela fazia favores ao editor de política. “O Jorge aquele nazista.” Sim.
Deixou os cheques com a secretária. Novamente no saguão foi interpelado pelo chefe. “Virás conosco?” “Não venho com o fotografo.” “Faço questão.” “Assim sendo.”
No carro com o redator de cultura a seu lado, fez muitos meneios de cabeça, e voltou o sabonete para o bolso da frente. “Na vida não há tempo para tudo.” Disse o redator. Meneou. “Não há tempo para rir, chorar, divertir-se e entediar-se“ Aquiesceu. “Quando nascemos já sentimos o cheiro espalhado” “Cheiro! De que?” “da morte por isso choramos” “É”!” “Depois nos acostumamos”“ A que?” “É melhor mudar de conversa, gostas de futebol?” Anuiu.
Que digo ao esteta! Que gosto de minha gata, de minha puta, do cheiro de urina que tem os rins de animais que como, para depois aliviar com sossego o meu ventre, lendo seus artiguinhos bajuladores, com o cheiro de merda misturado ao de jornal.
Tudo imaginando relatos antes de empreender um dia de trabalho, trabalho esse duvidoso, pois o que faço é andar a esmo, perambular, apachorrar, passar a mão na quitandeira, naquele cu fragrante de ventosidades matinais.
Que sou a carne, sangue e ossos do mais autêntico e desconcertado despiste. E minha alma reencarnada ou não, meu espírito, transmigrando ou donde quer que se encontre são a matéria ou o vento de uma peregrinação acorrentada à carne.
Passo em revista o universo rememorando a peripécia da minha vida, arrastando correntes feito alma penada, acolhida e rechaçada, não pelo mesmo céu de donos de jornais e de almas, se não que o céu de analfabetos e leitores, santos e canalhas, crentes e ateus, trabalhadores e preguiçosos, que assistimos ou atravessamos o drama conscientemente ou de maneira casual, pois a vida é uma enciclopédia de casualidades.
À noite voltarei para ela que é ardente e perspicaz e tenuamente puta, como todos mais ou menos o somos.
Voltarei bêbado e sem os argumentos que pereceram a luz do dia. Resta-me este que é diluído e poroso como o passar do tempo, ou mesmo o inacessível entendimento desse passar o tempo.
Sou as coisas que me sucedem, me tocam e que a mim se misturam e se alteram para separar-me delas transformado, ou como se não houvesse passado coisa nenhuma, salvo a matéria de que são feitas tais coisas, de tempo diluído, de porosidade e inacessibilidade e que por isso duram.
TIRIRICA.
Nós aprendemos enquanto fazemos, o quê fazemos e como o fazemos. Se tratados como palhaços, o máximo que faremos é exercer a comicidade. Por toda parte somos aprendizes de palhaços, e o tempo todo.
No ponto de ônibus, este uma palhaçada que não tapa o sol nem a chuva. Nos diferentes desenhos e materiais exposto pela nossa cidade destes, dos mais antigos aos atuais, contemplam todo tipo de proposta arquitetônica e de nenhuma arquitetura, nenhum deles propôs qualquer ergonomia, talvez cobrir do sol quando este no seu zênite. Que podemos dizer do arquiteto contemplado pelo seu desenho, do poder público, da banca examinadora que o escolheu por meio de concurso público, discricionário e legal. Competente! PALHAÇOS!
Dentro do ônibus, somos malabarista, contorcionistas e palhaços. O ônibus assim atrasado, nós os palhaços nos apertando, os secos com os molhados pela chuva ou molhados pelo suor, nossos cheiros entre perfumes falsos ou cheiro de jaulas leoninas.
Em Barcelona a tarifa é um euro pagado ao motorista, se comprar antes é menos. Os motoristas custam à empresa quatro mil euros mensais, os ônibus têm aquecimento no inverno e ar condicionado no verão. Mas não têm o maldito vídeo instalado fazendo publicidade e mostrando musicais com a mesma qualidade do serviço, para micos palhaços. Ah! Aqueles empresários ganham dinheiro. Estes! Tu dirás.PALHAÇOS.
O BRASIL PRECISA DE REFORMAR O CURSO DA ACADEMIA CIRCENSE E MALABARES.
O povo palhaço precisa ser educado. Reforma educacional. Com direitos e deveres do cidadão.
O politico PALHAÇO. Improbo e inelegível. Reforma politica e ética.
O arquiteto PALHAÇO. Reforma curricular. Incluindo ética.
O empreiteiro, concessionado, PALHAÇO: Caçar a concessão e Reforma moral.
No ponto de ônibus, este uma palhaçada que não tapa o sol nem a chuva. Nos diferentes desenhos e materiais exposto pela nossa cidade destes, dos mais antigos aos atuais, contemplam todo tipo de proposta arquitetônica e de nenhuma arquitetura, nenhum deles propôs qualquer ergonomia, talvez cobrir do sol quando este no seu zênite. Que podemos dizer do arquiteto contemplado pelo seu desenho, do poder público, da banca examinadora que o escolheu por meio de concurso público, discricionário e legal. Competente! PALHAÇOS!
Dentro do ônibus, somos malabarista, contorcionistas e palhaços. O ônibus assim atrasado, nós os palhaços nos apertando, os secos com os molhados pela chuva ou molhados pelo suor, nossos cheiros entre perfumes falsos ou cheiro de jaulas leoninas.
Em Barcelona a tarifa é um euro pagado ao motorista, se comprar antes é menos. Os motoristas custam à empresa quatro mil euros mensais, os ônibus têm aquecimento no inverno e ar condicionado no verão. Mas não têm o maldito vídeo instalado fazendo publicidade e mostrando musicais com a mesma qualidade do serviço, para micos palhaços. Ah! Aqueles empresários ganham dinheiro. Estes! Tu dirás.PALHAÇOS.
O BRASIL PRECISA DE REFORMAR O CURSO DA ACADEMIA CIRCENSE E MALABARES.
O povo palhaço precisa ser educado. Reforma educacional. Com direitos e deveres do cidadão.
O politico PALHAÇO. Improbo e inelegível. Reforma politica e ética.
O arquiteto PALHAÇO. Reforma curricular. Incluindo ética.
O empreiteiro, concessionado, PALHAÇO: Caçar a concessão e Reforma moral.
21 de abr. de 2010
31 de mar. de 2010
o medo e a àgua.
a água tem certeza.
a água nem discute, evapora.
a água nem lembra-se do frio que fazia e congela-se.
a água ve o sol e degela.
a memória da água é seu guia, sua bússola na mudança.
temos essa memória, ainda sem a poder narrar. é vaga.
o medo do bosque.
o medo da chuva.
o medo da seca.
o medo da fome.
o medo.
o medo é a ferramenta que nos adianta algo de ruim que já aconteceu.
a água nem discute, evapora.
a água nem lembra-se do frio que fazia e congela-se.
a água ve o sol e degela.
a memória da água é seu guia, sua bússola na mudança.
temos essa memória, ainda sem a poder narrar. é vaga.
o medo do bosque.
o medo da chuva.
o medo da seca.
o medo da fome.
o medo.
o medo é a ferramenta que nos adianta algo de ruim que já aconteceu.
22 de mar. de 2010
A ÁGUA DE CADA DIA NO DIA DA.
Hoje é o dia da água.
A água está em tudo, assim é universal.
Não cria montes, se nivela. É dois terços do planeta.
Solvente universal.
É violenta em maremotos, trombas d’água, poços artesianos, erupções, torrentes, turbilhões, pororocas, enchentes, vagalhões, águas divisoras, águas divaricadas, gêiseres, cataratas, redemoinhos, rebojos, inundações, dilúvios, aguaceiros.
Tem fontes secretas. Satura o ar. Cai destilada em orvalho, simples H2O.
Penetra perseverantemente em canaletes, regas, diques e vazamentos.
Purifica, extingue a sede, o fogo , é portadora de nutriente à vegetação.
Toca moinhos, dínamos, turbinas, centrais hidroelétricas, lavanderias, curtumes e fiação.
Útil em canais, rios se navegáveis, docas flutuantes e secas: sua potencialidade derivável do domínio das marés ou corredeiras caindo de nível em nível: sua fauna e sua flora submarinas ( anacústica, fotofóbica) numericamente, se não literalmente, os in-habitantes do globo.
Ubiqüidade constitutiva de 90% do corpo humano, noxiedade dos seus eflúvios em pântanos lacustrinos, brejos pestilentos, flores murchas charcos, poças estagnantes a lua minguante.
Criadouro da dengue.
Ótima na cerveja, café, no gelo da caipirinha e do whysk.
Metamorfoseia-se em vapor, névoa, nuvem, chuva, granizo, neve, saraiva.
Algo assim escreveu James Joyce quando pergunta: que na água Bloom, aquamente, extrator de água, aguadeiro retornando ao fogão, admirou? Respondeu.
Estou sentado sobre o Aqüifero Guarani e a cinquenta metros há um poço artesiano que sacia a sede de Bonfim Paulista.
Outro dia li/ouvi que em vinte anos será o fim
do aqüífero Guarani.
Fico com o Leopold Bloom e seu turbilhão panegírico, poético e romântico. Outros razoamentos sempre estarão lotados (outro dia poderemos falar disso) como aos vinhos com os seus devidos e particulares interesses.
Fico também com a certeza que bebo água, pois a busco no poço antes da adição. Quando fazia um curso de química analítica quantitativa levei como amostra água deste poço artesiano, antes dos acréscimos de cloro e flúor determinados pela OMS. Outro tópico a ser discutido, sejam as adições generalizadas de substâncias a produtos básicos como farinha, água e etc. Práticas que como mínimo interferem na minha eleição individual, seja eu quero ingerir ácido fólico e flúor se assim me apetecer e nas quantidades que me fizerem falta. Esta granjazização me enfurece.
Beba água.
Eu prefiro cerveja, quando tal. Não esta cerveja nacional.
A água está em tudo, assim é universal.
Não cria montes, se nivela. É dois terços do planeta.
Solvente universal.
É violenta em maremotos, trombas d’água, poços artesianos, erupções, torrentes, turbilhões, pororocas, enchentes, vagalhões, águas divisoras, águas divaricadas, gêiseres, cataratas, redemoinhos, rebojos, inundações, dilúvios, aguaceiros.
Tem fontes secretas. Satura o ar. Cai destilada em orvalho, simples H2O.
Penetra perseverantemente em canaletes, regas, diques e vazamentos.
Purifica, extingue a sede, o fogo , é portadora de nutriente à vegetação.
Toca moinhos, dínamos, turbinas, centrais hidroelétricas, lavanderias, curtumes e fiação.
Útil em canais, rios se navegáveis, docas flutuantes e secas: sua potencialidade derivável do domínio das marés ou corredeiras caindo de nível em nível: sua fauna e sua flora submarinas ( anacústica, fotofóbica) numericamente, se não literalmente, os in-habitantes do globo.
Ubiqüidade constitutiva de 90% do corpo humano, noxiedade dos seus eflúvios em pântanos lacustrinos, brejos pestilentos, flores murchas charcos, poças estagnantes a lua minguante.
Criadouro da dengue.
Ótima na cerveja, café, no gelo da caipirinha e do whysk.
Metamorfoseia-se em vapor, névoa, nuvem, chuva, granizo, neve, saraiva.
Algo assim escreveu James Joyce quando pergunta: que na água Bloom, aquamente, extrator de água, aguadeiro retornando ao fogão, admirou? Respondeu.
Estou sentado sobre o Aqüifero Guarani e a cinquenta metros há um poço artesiano que sacia a sede de Bonfim Paulista.
Outro dia li/ouvi que em vinte anos será o fim
do aqüífero Guarani.
Fico com o Leopold Bloom e seu turbilhão panegírico, poético e romântico. Outros razoamentos sempre estarão lotados (outro dia poderemos falar disso) como aos vinhos com os seus devidos e particulares interesses.
Fico também com a certeza que bebo água, pois a busco no poço antes da adição. Quando fazia um curso de química analítica quantitativa levei como amostra água deste poço artesiano, antes dos acréscimos de cloro e flúor determinados pela OMS. Outro tópico a ser discutido, sejam as adições generalizadas de substâncias a produtos básicos como farinha, água e etc. Práticas que como mínimo interferem na minha eleição individual, seja eu quero ingerir ácido fólico e flúor se assim me apetecer e nas quantidades que me fizerem falta. Esta granjazização me enfurece.
Beba água.
Eu prefiro cerveja, quando tal. Não esta cerveja nacional.
Assinar:
Postagens (Atom)