Que medo! Çô!
Havia uma pomba
Na minha varanda
Pensei que voava.
Mas não voou
Convidei pra minha mesa
Na mesa ficou.
Sonho com um corredor compridão como a vida
Sonho o corte que abre em talhos a jaca do sonho
Sonho o silêncio de canaviais e tempo e paz de ruas solitárias.
Outro dia a casa incendiou, minha avó gritava: Vai queimar o carro! Vai queimar o boi!
Não foi, vieram os bombeiros e não se queimou.
Sonho com uma bronca que seca a garganta
Sonho com poluções de noivo e vaginas úmidas
Corações correndo famintos atrás da angústia
Mortos que voltam
Vivos ausentes.
Sete da noite
Chamada in-box
Então?
Me subiu um calor até a cara, a orelha!
Que valentão!
Aceitaria, se te convido ao caminho sideral do amor?
Talvez, talvez decepasse a bramante cabeça de leão, para o cesto de Robespierre,
Mas, não cortará o fio da CPFL que me percorre.
Havia mortos entre os mortos vivos e tartarugas do tamanho de imensas azeitonas, muitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário