13 de nov. de 2009

Poética.

Voltei para casa e o último trem, não voltou ou não partiu. No lugar da estação ferroviária, um jardim um imenso jardim sem nenhuma reminiscência. Fico com a estação que é de minha lembrança. Não se pode partir de um jardim. Não se retorna a um jardim. Minha estação. Digo minha, mas ela é universal. O logos de partir e chegar. E retornar. Já vejo o trem serpenteando pelos subires e desceres levando minha estação. Quando a vi pela primeira vez, senti essa coisa. Essa separação. Esse retorno. Esse Manuel Bandeira. Essa nossa união. Ir e volver sempre a mesma estação. Hoje já nem preciso de sua arquitetura rústica de grandes tijolos avermelhados, senti-a, sinto-a e sinto o sentimento sentido. Minha estação aos poucos quer se transformar em sintaxe. Em poesia. A estação dos sentimentos universais inapeláveis.

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e Davi Arrigucci te proporcionará uns minutos de transbordamento poético.


Davi Arrigucci Jr. disse também:


"A poesia de Bandeira (..) tem início no momento em que sua vida, mal saída da adolescência, se quebra pela manifestação da tuberculose, doença então fatal. O rapaz que só fazia I versos por divertimento ou brincadeira, de repente, diante do ócio obrigatório, do sentimento de vazio e tédio, começa a fazê-los por necessidade, por fatalidade, em resposta à circunstância terrível e inevitável". Se quiser ler mais faça clique
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3 comentários:

PIZZARIA LA TRAVIATTA _ RP disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PIZZARIA LA TRAVIATTA _ RP disse...

Caro Cido,

Excelente os seus textos... Vocabulario Rico, e boa sintaxe.
Gostei particularmente do paralelo entre Manoel Bandeira e Davi Arrigucci .
Gostei mais ainda da nossa degustacao de Jaca....
Abracos,
Deborah

cidoGalvao disse...

anos e anos a fio pelo fio da meada. anda que ainda nem acabe em nada.
obrigado pela visita.