31 de mar. de 2016

Num jogo de Futebol sem bola, o juiz viu um toque de mão...



Num jogo de Futebol sem bola, o juiz viu um toque de mão...



Circulou tempos atrás pelo facebook – foi ai que vi – que uma associação desportiva de Ontário estimulava os moleques a jogar futebol sem bola, para evitar que houvessem perdedores. “Queremos – declarava o dono da ideia – que nossos filhos aprendam que o esporte não tem nada a ver com a competição, senão com a imaginação. Se imaginarem que são bons jogadores, então são”. Parecia verdadeira, a noticia, mas não, era falsa. No entanto a verossimilhança induzia ao erro. No fundo uma piada liberal. E muito boa, por sinal. Querem salientar a artificialidade da igualdade. Acontece porém, que a igualdade a que se reclama, não repousa no impedimento das diferenças, nem na subtração completa das virtudes, excelências, etc.
Queremos igualdade, ao mesmo tempo que queremos e somos diferentes dos demais. Assim, o que se reclama é um igual direito de ser diferente, porque a diferença é a máxima expressão da liberdade de da autenticidade.
O tema do futebol sem bola, no entanto, o lembro a propósito de políticos democratas sem votos. Como se Aécio, Temer, fossem aqueles moleques que querendo ser presidente, num sistema democrático, o querem sem eleição, sem votos, entendem que vale mais suas vontades, e o que eles pensam sobre si mesmos. Para isso, contam com o apoio do árbitro, que apitou um pênalti, mão na bola ou bola na mão, ainda que não haja bola.

Cito Aécio, porque foi com sua não aceitação de derrotado nas urnas, quem deu o pontapé desse futebol sem bola, tresloucado e davidianamente luiz, criador do problema político que hoje vivemos. Depois Temer, como o verbo que quer se fazer sujeito, sendo ele, mais propriamente, um político sem nenhum brilho, uma triste figura, um catrumano, se eleito deputado, foi pela engrenagem azeitada de seu partido, não por qualquer caraterística sua, boa ou má, pois ele não tem nenhuma, nem uma pinta na coxa como Angélica.

30 de mar. de 2016

De Ignorante para Ignorante. Hegel.






Um filósofo procura um gato preto num quarto escuro, dizem que definiu assim Karl Popper; a religião é parecida, só não existe o gato... é evidente que esse sou eu. Se você gostou da diferenciada que dei ou 'acha' Angelina Jolie é mais que o Brad, venha para um curso completo de 7 aulas centígradas ou prove de uma, ou prive-se de todas as demais, já que são modulares. Como as mônadas de Leibnitz. Se você não entendeu, consulte-me pelo email, ensino a assoar o nariz, escrever poemas à Amada, ou à Amante, elaborar um sistema filosófico para consolar a própria morte, a morte dos seres queridos, animados ou inanimados, importante que nos mande suas medidas, se o modelo é alto ou baixo.

De ignorante para ignorante, Hegel.

26 de mar. de 2016

É Matar ou Morrer ou Morrer matando. Somos todos talibãs?


Juízes (16,30)

E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara em sua vida. É assim que se narra no Antigo Testamento, a vingança final de Sansão, chicote dos filisteus, quais neste episódio, morreram uns 3000. Ainda que, a submissão de Israel aos filisteus fosse obra de Javé, como castigo pelos seus pecados, os judeus não pouparam honras a Sansão. Ao contrário, “Então seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, e tomaram-no, e subiram com ele, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai.”  Notem a frase inicial: “ Morra eu com os filisteus”. Morre matando como um talibã. Lei de Talião, olho por olho…  que também se encontra no Corão. (II-172), ligeiramente diferente: “No homicídio, o livre por livre, o escravo por escravo, a mulher por mulher…) .
O mundo ocidental, ainda há pouco passou a ser privadamente ateu, como no mundo muçulmano bebe da Bíblia estas idéias de vingança disfarçadas de justiça. Assim cegados pelo olho por olho seguimos ...

25 de mar. de 2016

botões da camisa.



Tenho com você uma fantasia sexual, pode parecer uma fantasia sexual como outra qualquer, mas não é. Neste momento, por exemplo, alumbro o orgasmo só de pensar em você, pensar na prática, o tremendo desejo que Você me desperta, é tão forte, que a melhor coisa a fazer é pregar uns botões naquela camisa que penso usar no dia que Você irá arrebentar, novamente,  os botões. 

24 de mar. de 2016

Qual é o significado da Semana Santa?


  • Renato, vê se me explica isso: como Jesus perdoa a todos os homens?
  • Cristo podia perdoar e absolver .
Responde Pe Renato Abdade, por isso o chamamos Redentor. É Deus antes de tudo. Por que teve que sofrer, morrer? Pensamos nele ? … A moral dessa fábula é semples: nem sequer Deus se atreveu, escute bem, a perdoar os homens desde os céus, porque o valor de um perdão como esse seria nulo. Não, desça do teu Sinai, e meta-se na pele infame de um escravo, viva e trabalhe uns trinta anos como carpinteiro, numa cidade pequena e suja, suporte tudo que um homem pode suportar de outros homens, e quanto de lacerarem com chicotes, te arrastem com cordas, e te crucifiquem quase pelado num poste, exposto à vergonha e ao escárnio, e pergunte desde este maldito Alto: Ama os homens como antes ou não? E se diz: “Sim os amo como antes”. Tal como são? “De todos os modos, os amo”. Então, Perdoa? Perdôo! Esse perdão tem uma força terrível.  E quem crer   que possa e queira ser perdoado, será. Porque não é Deus no céu, quem perdoa, mas um escravo crucificado. Esta é a Redenção.
  • Poderia perdoar Judas?
  • Por que não?
  • Quem era Judas no fim de contas?
Um homem que havia supervalorizado terrivelmente suas forças.  Três quartos dos traidores são herois fracassados. 

23 de mar. de 2016

Isso não é um par de botinas.



O quadro de Van Gogh leva Heidegger a reflexões, nem tão só acerca da obra que revela sua representação. Ademais, á  Sherlock, deduz, que o par de botinas, pertencem a uma camponesa. Que talvez, se limite a calçá-las para enfrentar a terra gelada dos trabalhos labregos... Meier Shapiro interviu na discussão e disse não se tratar de botinas de labregas, mas sim do próprio Van Gogh, e que Heidegger não passa (na verdade o próprio Heidegger o demonstra) de porco fascista, que toma o objeto sem levar em conta o autor, a subjetividade.... Derrida tira uma das luvas e joga nas caras grandes  deles -  Heidegger e Shapiro -  e diz  que eles, sim,  são um par de cenouras, ou nabos, e que as botinas, em questão, nem sequer formam um par e que o impacto do quadro põe em jogo, para cada observador, uma miríade de construções pessoais e simbólicas e iconográficas, destapando, em todo caso, a própria verdade, a verdade em si.


22 de mar. de 2016

A mentira..

Acho que somos a pior idade da humanidade.
Desde que ela se espraiou pelos continentes, tudo era novinho em folha.
Grandes caçadas, dormir em cavernas com morcegos, inventar o fogo, a pedra lascada, o bronze, a roda, o barquinho flutuante.
As grandes batalhas. Singrar os mares.
Era o tempo em que se dizia: “ a mentira tem perna curta,”  mas tinha perna, curta.
Hoje, nem perna tem. Já nasce com sua lápide.
Parece uma derrota, mas ela venceu.
A mentira é a verdade e essa a mentira, são a mesma moeda.
Um dado jogado sem acaso e  todos seus lados são iguais, e dizem sobre nosso azar.