Num
jogo de Futebol sem bola, o juiz viu um toque de mão...
Circulou
tempos atrás pelo facebook – foi ai que vi – que uma
associação desportiva de Ontário estimulava os
moleques a jogar futebol sem bola, para evitar que houvessem
perdedores. “Queremos – declarava o dono da ideia – que nossos
filhos aprendam que o esporte não tem nada a ver com a
competição, senão com a imaginação.
Se imaginarem que são bons jogadores, então são”.
Parecia verdadeira, a noticia, mas não, era falsa. No entanto
a verossimilhança induzia ao erro. No fundo uma piada liberal.
E muito boa, por sinal. Querem salientar a artificialidade da
igualdade. Acontece porém, que a igualdade a que se reclama,
não repousa no impedimento das diferenças, nem na
subtração completa das virtudes, excelências,
etc.
Queremos
igualdade, ao mesmo tempo que queremos e somos diferentes dos demais.
Assim, o que se reclama é um igual direito de ser diferente,
porque a diferença é a máxima expressão
da liberdade de da autenticidade.
O
tema do futebol sem bola, no entanto, o lembro a propósito de
políticos democratas sem votos. Como se Aécio, Temer,
fossem aqueles moleques que querendo ser presidente, num sistema
democrático, o querem sem eleição, sem votos,
entendem que vale mais suas vontades, e o que eles pensam sobre si
mesmos. Para isso, contam com o apoio do árbitro, que apitou
um pênalti, mão na bola ou bola na mão, ainda
que não haja bola.
Cito
Aécio, porque foi com sua não aceitação
de derrotado nas urnas, quem deu o pontapé desse futebol sem
bola, tresloucado e davidianamente luiz, criador do problema
político que hoje vivemos. Depois Temer, como o verbo que quer
se fazer sujeito, sendo ele, mais propriamente, um político
sem nenhum brilho, uma triste figura, um catrumano, se eleito
deputado, foi pela engrenagem azeitada de seu partido, não por
qualquer caraterística sua, boa ou má, pois ele não
tem nenhuma, nem uma pinta na coxa como Angélica.