QUARTA-FEIRA, DEZEMBRO 06, 2006
24. bah! histórias...
HISTÓRIA DEVERAS INTERESSANTE DE COMO UM PRETENSO ESCRITOR DESOBRIGADO OBRIGOU-SE A EXPLICAR A PRETENSO CRÍTICO NÃO PASSÍVO LEITOR DA HISTÓRIA QUE AMBOS SABIAM NA QUAL NÃO PODIA HAVER COMEÇO NEM FIM NEM DEVERAS INTERESSANTE HISTÓRIA.
- E este O Beijo?
- Este será o último capitulo do livro, por ser ele possível, não quererá acabar em desdobramentos, mas num beijo.
- Capitulo ou epílogo? Pergunta Zénão.
- Não importa serão as últimas páginas e por agora quero sua critica.
- E sua própria opinião?
- É sempre favorável às minhas crias.
- E onde entra esta poesia que li? Pergunta Zénão.
- Imaginei o personagem usando-a como instrumento de demonstração de sensibilidade, uma criança que empurra o copo cheio de leite só para vê-lo ele o leite derramar.
- Já têm nome esses personagens?
- Têm. Luis e Inês.
- Não era Laura?
- Não era Laura! Era?
- Não sei, acho que era!
- Você acha que ia por o nome dela?
- Não sei não, por que não?
- Acho que ela não ia gostar!
- Por que não?
- Você viu hoje?
- O que? Ela dançando com você?
- Então eu não esperava por aquilo! Ela tem atitudes que nem me surpreendem mais, dada a constância da inconstância.
- Mas se colocasse o nome dela isso ia mexer com você e permitir mais liga.
- Onde você viu isso?
- Vê os compositores, quando compõem para elas.
- Não é isso não Zenão, isso é pra acalmá-las.
- Deixa isso pra lá, como é o enredo então?
- É simples e ao mesmo tempo complexo.
- Como assim?
- Ela lhe dá papinha. Hahaha!
- E o que significa isso?
- Sabe Zénão, Luis não consegue transpor o círculo, parece que Virgilio o abandonou. E ela olhando desde dentro o vê invisivelmente familiar, mas não o permite descer, e nem não impede.
- Quer saber? Disse Zénão e continuou, Luis quer o perigo, mas o teme. Cobiça, mas odeia a dádiva. Acabará por ser vencido e não aceita. sabe que viver é uma luta continua e absurda e inapelavelmente fatal.
- Resulta em que, meu querido?
- Adaptar-se ao poder da fraqueza.
- Acho que sim Luis sabia que era mais fácil trepar com ela que a amar, como naquele dia que ela falou do tal Molyna e Luis já sabia e Luis jogador não quis umas cinco vezes fazer os caprichos dela e ela ardendo de desejo tanto que até seus olhos estavam brilhilubrificados e Luis dizia “eu te amo”. Quase a obrigava a dizer o mesmo por um pouco de sexo. Então Luis escarnecia dele mesmo para ela relaxar e então ela o deixava e saia atrás do Molyna, tudo porque Luis realmente a amava. O sexo em si é para Luis uma efeméride, e muitas vezes sustinha-se com putas e punhetas, e definitivamente queria com Laura sexo e amor.
- Isso é do mais refinado masoquismo! Diz Zénão.
- Como assim?
- Como? Negar sexo à mulher que insistentemente se ama! Que é isso senão masoquismo!
- Calma! No caso sádico também se ele só fazia seus próprios caprichos.
- Esse Luis estava era com muito medo, isso sim!
- Pode ser.
- Pode ser não, é, ele tinha era medo dela!
- Medo como?
- Medo! Medo do sexo com ela.
- Medo nada andava platônico cada qual com sua história que não incomodava o outro, nem ciúmes, nem desdém.
- Nossa você está louco, meu amigo, pensei que tinha se curado. Cadê o desejo?
- Às vezes o desejo...
- Quê que é isso?
- Não deixará contá-la nunca, quantas mudanças tanta interferência?
- Conte.
- Você não acha interessante se jogar tanto, a ponto de não restar outra coisa senão o jogo.
- Sim, mas não lerei.
Lere lerei lere lerei... Cantarola Luis. E segue - O texto exige de mim, ele arranca de mim o que eu não queria dizer à luz do consciente, imagina agora que eu que sou personagem escapulido do escritor e por ele esculpido, matreiramente a esguivar entre as bananeiras limitantes verdejantes que ele plantou para ser o meu jardim, dizer a ele que esse era o modo mais cruel e possível de viver uma paixão, mas eu queria que ao ler soubesse de s