Me represento, tão
só a mim, ainda que por vezes disso traga dúvidas. Parte de mim me
questiona naquilo que faço, digo e penso. Então, me é impossível
representar alguém, que não eu, com as restrições já
sublinhadas. Assim cada um que carregue o seu morto, este é o mote.
Portanto, diga o que diga ou venha dizer ou tenha dito antes, não
eram nem serão mais que minha opinião, e eu mesmo já as contesto.
E
falando de representação, não peço a outrem sequer que botem sal
na minha salada, mas é o que se tem, democracia representativa. Me
importo um peido, por me associarem ou mesmo me chamarem de Ptralha,
etc. Talvez queiram que me cale, brutal pretensão, a minha? Não,
pelo alcance, porque nenhum é possível, mas se em me calando ou
não, os demais continuarão no mesmo diapasão, então falo pra no
mínimo aumentar o ruído, que seja, porque sempre se está ''de
olho'' em alguma coisa, não é?
Assim que não procuro solucionar a vida, nem se me derem desconto,
melhorá-la, e tampouco que alguém mude ''de ideias'' e ideais. Mas
se alguém ao me ouvir, ler, esta minoria de um, e se aborrecer, já
consegui algo com essa fadiga.
Não
acredito nas informações, na ampla banda do espectro, publicadas,
nenhumas. Têm o intuito de asfixiar a verdade. Este instrumento é
alienante, este aqui, e o que escrevo também o é. Portanto quando
vierem com um ''estudo'' que diz... diz merda, merda é o que dizem
os estudos, os estudos são feitos para ludibriar, enganar, encobrir,
''Uma flor que
parece\A razão mais segura\Prá ninguém saber\De outra flor\Que
tortura...'' . E quando querem manipular descaradamente, nada
imelhorável que uma pesquisa. Cheia de dados, cifras como dentes de
uma serra. Um banco de dados. E de repente, tantos milhões que vivem
a repetir: cada um é cada um... trezentas pessoas... trezentas
pessoas nos representam numa pesquisa. Coisa de doente!
Joan Miró, uma estrela. |
Temos
problemas graves, como país, como nação, como estado, e como
cidadania. Com certeza muito mais graves e profundos do que nos
dizem, e talvez até mais graves do que imaginamos. Mas então não
dormiríamos.
Solucionar
estes problemas, seja aqueles que nos mostram, ou os inenarráveis
seriam obra para talento somado a credibilidade. Se se tratasse só
de talento, mas não vejo conjunto fruto da intersecção entre
talento e credibilidade num raio de 11 mil km. Não sei você, eu só
vejo medíocres na política, as vezes penso, ou pensamos que não
fazem por, como pensam certos meios de comunicação falta de ''
vontade política'' ( há dois oximoros nesta frase besta) , na
verdade é mera incompetência para fazer o que se propuseram fazer,
coisas propostas por eles, inclusivamente.
Não
aceito que confundam confrontação de ideias com falta de gentileza,
ou violência de bardo. Uma violência, um estupro é apresentar
certa senhora, com sua tramoia deliberada e idiota, como solução
para algo, estão me tomando por imbecil, creio, ou ainda esta
polaridade permanente, me pergunto onde andam as outras
possibilidades, ou será esta raridade de possibilidades a própria
''prova dos nove'' da impossibilidade do conjunto intersecção de
talento e credibilidade. Eu quero continuar vivendo em debate
contínuo, pacífico, não penso em odiar ninguém, os nordestinos,
os analfabetos, os ''que não sabem” votar, os LBTGs os direitas,
os negros, o Monteiro Lobato, nem mesmo os que me insultam. Porque a
única meta é, que nos odiemos. Mas nunca criarão inimigos para
mim, se é para tê-los, escolho eu. Mas duvido. Dúvida. Dúvida.
Dúvida. Porque nunca se tem toda a razão. Toda a razão?
Nunca.
Mas
detesto, detesto o provincianismo, não aquele dos saraus, que destes
me importa um ouro de nariz, mas o provincianismo das soluções
ofertadas aos problemas gerais que importam à cidadania, geral, de
nossas cidades, por exemplo, estas ridículas faixas vermelhas
pintadas no leito carroçável, para ciclistas de domingos até a uma
da tarde. Bah! Campinas, Ribeirão, Sampa...
Precisamos
de olhares com amplitude que abarquem o horizonte...