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4 de jul. de 2016

Manézões e Michelzin, o superdotado.



      O dia que Michelzin nasceu todo mundo se espantou. Seu primeiro choro foi um grito bem modulado, um si bemol. Soava bem, acima de tudo, melódico para sua idade, dois minutos. Em seguida, fez uma tentativa de saudar com simpatia os seus progenitores, boquiabertos e babões. Se saiu ainda melhor quando piscou-lhes o olho, fazendo troça.
      Michelzin não parava de fazer demostrações, umas mais extraordinárias que as outras. Depois de uma hora de nascido, já mantinha uma conversa com enfermeira, agradecendo o trabalho feito, abraçava a mãe dizendo que não se preocupasse, que logo, logo encontraria a mulher de sua vida, e construiria sua família.             Apertava a mão do pai, assegurando-lhe que seriam bons colegas, que analisariam detidamente a situação econômica da empresa de propinas que o pai dirigia, e encontrariam uma saída segura para a crise pela qual passava o setor.
       Quando Michelzin se põe de pé, já caminhando rumo ao obstetra que assistiu ao parto, que pensou em segurá-lo para que não caísse, a fera o fintou e saiu em disparada pelos corredores do hospital, se deparou com as pessoas espantadas, incapazes de entender o que acontecia e não continham a baba e não podiam ferchar a boca. Então, Michelzin se retira para um canto para refletir, uns segundos depois diz a todos em voz alta e firme:
  • Dizer-vos-ei: será que não falta-lhes-ia um pouco de empenho e aplicação ao trabalho?

Todos os presentes estavam petrificados. A essas alturas, se supõe, como mínimo, que Michelzin já chegou aos paraísos ficais, fazendo das suas. Ou quem sabe.... a coisa mais edipianas...

18 de jun. de 2016

Mosca no copo de cerveja.



Uma mosca voava pelo bar do Guinô, guinorante. Não é uma coisa difícil de acontecer, já que há um galinheiro ali por perto. Nem sei se galinheiro atrai moscas, suponho que sim, isso para não botar defeito no asseio do bar dos outros. Enfim, havia uma mosca rondando. O Magnata, o mecânico do meu fusca, é um sujeito vivido, “atrapaiado” e levado da breca me disse: o que faria se a mosca caísse no seu copo de cerveja? Fiquei pensando. De pensar morreu o burro disse ele e foi logo dizendo:
Se fosse no copo de um italiano, ele armaria logo um barraco, um escândalo, um forfé. Concordei.
Se se tratasse de um alemão, este pediria outro copo, esterilizado, bitte! Concordei na hora.
Se fosse de um francês, meteria o dedo no copo, tiraria a mosca e beberia a cerveja. Bem sacado, disse.
Se fosse um chinês, comeria a mosca e jogaria a cerveja fora.
Caguei de rir.
Se se tratasse de um cubano. O cubano beberia a cerveja com a mosca e tudo, acreditando que estava recebendo uma mosca de favor de Fidel. Pensei o mesmo de um monte de gente. Mas caiu bem.
Então me perguntou, e se fosse um judeu? Te juro que supus, mas deixei para ele mesmo responder, então ele disse: o judeu venderia a cerveja ao francês, a mosca ao chinês, o copo ao italiano e pediria um chopp com o dinheiro da venda e desenvolveria um sistema para acabar com as moscas do bar do Guinô, para que isso não acontecesse mais. Caguei de rir.
Então perguntei: e se fosse um brasileiro? Ele riu e disse: um coxinha acusaria o governo do PT de emporcalhar tudo, e faria tanto alarde que sairia no jornal da eptv do meio dia, seria capa da veja com uma mosca lula zumbindo pra lá e pra cá, enquanto os petralhas tentariam explicar que a mosca já havia pousado em outros copos, e um outro tipo, mais experto, já teria chamado o garção e diria que não pagaria a conta por conta daquela mosca horrenda que caiu na cerveja. E dê-se por feliz por não entrar com uma ação de perdas e danos....