28 de jan. de 2013

Como Transformar Diamante em Seixo.



Do minuto 38 até o gol de pênalti cobrado por Neymar, o Bragantino foi fraudado dentro da própria casa. A única falta que existiu neste período, foi justamente na meia lua da grande área santista e contra o Santos e não anotada. Do jogo, vi nem o antes, e não me dignei a ver o restante, não estou para tanto e tonto. Neymar, um craque – ainda – parte, verticalmente da meia esquerda para o gol, com a bola dominada, é quase impossível tirar lha, mas a impossibilidade não tem sido de fato testada, levada a cabo, como dizem os cientistas, levada a termo, como diziam os cangaceiros, até o fim como diz o Chico Buarque, quando nasci veio um anjo safado... Na impossibilidade, os zagueiros deveriam, como último recurso, cometer a falta e receber o cartão, em caso de, mas na verdade o apito soa preventivamente. Neste caso, e somente neste caso o arbitro previne a saúde do craque frente a nuanças de mal intenções e até pensamentos ruins, e o craque cai, rola, se descabela, ajeita o meião faz cara de 'pô ceisnãosabbrincar'.
O narrador, comentarista und konsorten repetem, ad nauseam, ladainhas velhas de avemariasepadrenossos, veem outra partida, qual me sonegam. Fico com o que vejo, revejo, mas a imagem não bate com a legenda.
Outro dia via uma partida da Copinha, dito e feito, igual, que nem. O verdadeiro Teatro de Revista, quer dizer, nada sei do teatro de revista, senão que as poses nas revistas velhas dedicadas à vida dos artistas fora do palco, poses, poses e mais poses. Por hora, quanto a nossos futuros craques há um senão, a pose se dá dentro das quatro linhas. Grosso modo digo que não existe, ou existiu esse craque ou aquele craque que ganhasse jogo sozinho. Nem Pelé, Garrincha, Maradona, Ronaldo, Messi conseguiram tal façanha. Pelé funcionou bem na Seleção quanto teve boa equipe a secundá-lo, e em 70 foi Pelé coadjuvante para o esquadrão. Assim, como Santos não constrói uma partida, se vai jogando, empurrando com a barriga, o Neymar andando lá pelas beiradas, quem sabe ele inventa uma ? Então ele desembesta, falta, pênalti etc. Se prestarmos atenção ao gol mais bonito de Maradona, ele é acossado desde o meio campo, vai lutando com o zagueiro, apesar de mais baixo que este, carregando a bola, se livrando dele e o final todos sabem. O mesmo fez Ronaldo, inúmeras vezes, num momento mágico que viveu no Barcelona. O mesmo tem feito Messi, que rara vez recebe falta, recebe, mas dada a sua insistência na progressão, a luta de corpos e braços passa despercebida, e a parar a jogada, só na porrada.
Assim enquanto o argentino foi sendo lapidado de diamante bruto em rara pedra, Neymar de diamante em pedra falsa, espero que não se transforme num seixo como Robinho.



17 de jan. de 2013

Espera, espera, à espera anda.



Anda, anda, anda a espera.
Espera.
Espera, espera, à espera anda.
Anda.




Anda e espera. Espera a andar.
A espera desanda.
O andar desespera.
Desesperando. Desespirando aindanda.
Transpiranda transpirando.
Pira parado.



A quantas andas?
Andava andrajos.
Andava trapos?



Trapaças.
Trespassas?


Eu nos trapos sei a sobras.


De sopas?
De sapos!
Assim soçobras, misses!
Sê sim. És Miss.
Assim na missa.
Sobras e cobras.
Miss em ação.
Andas às cobras.
Espera as sobras de sobejos beijos.



Rastejas a rés dos brejos.
Sem sombras no chão.
Salobras sobras às sombras.
O brejo sabe a uma feijoada de ontem.
Com sua película branca.



Uma aranha que perde o fio.
Que a prendia à teia.
Anda sobre um brejo de feijoada.

Anda aranha.
Me espera.

Zénão diz:  Engraçado cara, podia ser às sombras sobras salobras, esperam miss em ação de sapos nas missas aranham a manhar uma película de teias de brejos que andam a espera de sapos e cobras. Mas tem algo, que não sei a quê, a espera anda a espera.
 Luiz responde: Tem muito sim de sopa de letras jogadas do saco do arcebispo Tillotson, em defesa da deidade na criação do universo, como se não fosse um mero acaso, e se outros meros acasos de baixa energia e muito e talvez por isso um nada qualquer, preguiçosamente, lentamente em busca de menor esforço ainda, um meramente mero universo frente a outros possíveis quaisquer, sem nenhuma necessidade de agradecimentos e devoções

16 de jan. de 2013

Carta de leitor à articulista.


G.H. concedo-me espaço para um concreta e única preocupaçãozinha: nossa capacidade crítica de análise deste dias que correm.
               Por quaisquer razões sabemos: as ciências nem mesmo as naturais vivem isentas de juízo de valor e este por sua vez desacoplado do interesse particular, ele mesmo atado de pés e mãos pelo interesse de classe.  Quê dizer das ciências humanas!
               Do seu texto extraio trechos de outros livres pensadores - parcialidades de outros contextos - como essa história do grande pai. Bastantes foram e são os tutelados.  A psicologia e suas tecnologias se adjudicaram também de uma fatia dessa pizza estatística.  Na Europa menos, na Argentina mais.  Segundo como, desde que a cabeça de Luís XVI rolou para dentro do cesto da história. O deus Tutor, de todas as respostas, tinha a cabeça sobre os ombros do guilhotinado.  Assim à igreja lhe restou pouco desse poder tutelar. Muito foi espalhado entre tantos:  o mercado, o fetiche, como já disse antes, à psicologia tocou-lhe um quinhão etc.
               O protagonismo de Getúlio tanto quanto o de Lula decorreu de atividades\atitudes exercidas dentro de circunstâncias inequívocas. Não cabe diferenciá-las.  Tais circunstâncias e suas possibilidades estiveram como uma pedra, ajoelhada com as mãos no peito e queixo colado no colo, no meio do caminho de José Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco e FHC em oito anos. Faltou competência aos competentes!
No exercício do teu mais alto grau de liberdade leio este triste texto, com ameaças veladas - 2º§- de uma classe que sempre teve voz e espaço. E que, senão  nada.  Dentro do mesmo exercício de liberdade você tira o peso da contundência para então ser contundente no 3º §.  Já no 5º§ uma recorrente tentativa que também viceja na seara jornalística que é a de sinalizar para um Lula à la Hitler und so weiter.
O cinismo está aprendido.

Bloom, Ulisses e Eu!






        Sua mulher ainda dormia quando ele voltava do açougue com uns bifes de rins de cordeiro. Sua gata miava roçando contra suas pernas. Era feliz se pudesse comer vísceras como desjejum e depois defecar com critério. Derramou o leite quentinho no prato da gata. Levou para sua mulher um par de ovos moles e uma fatia de bacon junto com duas torradas, ao percebê-la desperta pelo nheque-nheque da cama. Meteu a mão em meio a sua bunda quente e úmida. Despediu-se dela com um beijo na bochecha.
 Defecou com calma enquanto passava os olhos numa revista velha, quando nova a havia guardado por algum artigo que então lhe despertara interesse, hoje a folheia como se tratasse de uma revista de infinitas folhas, não encontra o artigo. Nunca tarda muito neste defecar, pois crê que o estar ali em demasia provoca hemorroidas.
No caminho para o trabalho, era um vendedor de anúncios de jornal, comprou um sabonete. Passou na sauna uns bons minutos. Saiu com o sabonete umedecido, embrulhado numa folha de revista, metido no bolso.
 Não tinha pressa, pois faria somente uma visita agendada com o senhor Xaves, o chaveiro, antes de ver seu amigo pela última vez.
 Passou pela quitanda para acochar o traseiro da quitandeira. Ela lhe realçou seu odor a eucaliptos. Ele estranhou que o sabonete de nada lhe havia servido. Como iria a um enterro com este aroma de lavabo asseado.
        Passou pelo mercadão, no bar do Ceará pelos rins de bode, lá seu amigo José comia o segundo ovo cozido, soube disso ao ver no pratinho as cascas em duas cores. Passou o sabonete para o bolso traseiro. Sentou-se no tamborete.
        Na Única encontrou-se com Xaves por casualidade. Juntos foram ao escritório, onde Xaves lhe deixou três cheques pré-datados, “não sei se vão aceitar o primeiro para trinta dias”. “pegar ou largar”. Pegou.
Dali foi para a sede do jornal onde o chefe dos editores estava reunido com os editores-chefes. Estes não lhe deram a menor atenção, mas logo repararam na gola puída de sua camisa. Quem era aquele, quis saber o chefe.
Era vendedor de anúncios e antes de tudo casado com a melhor bunda de vila Bonfim, e que ela fazia favores ao editor de política. “O Jorge aquele nazista.” Sim.
        Deixou os cheques com a secretária. Novamente no saguão foi interpelado pelo chefe. “Virás conosco?” “Não venho com o fotografo.”  “Faço questão.”  “Assim sendo.”       No carro com o redator de cultura a seu lado, fez muitos meneios de cabeça, e voltou o sabonete para o bolso da frente.
“Na vida não há tempo para tudo.” Disse o redator. Meneou. “Não há tempo para rir, chorar, divertir-se e entediar-se“ Aquiesceu. “Quando nascemos já sentimos o cheiro espalhado” “Cheiro! De que?” “da morte por isso choramos” “É”!” “Depois nos acostumamos”“ A que?” “É melhor mudar de conversa, gostas de futebol?” Anuiu.          Que digo ao esteta, que gosto de minha gata, de minha puta, do cheiro de urina que tem os rins de animais que como, para depois aliviar com sossego o meu ventre, lendo seus artiguinhos bajuladores, com o cheiro de merda misturado ao de jornal.
Tudo imaginando relatos antes de empreender um dia de trabalho, trabalho esse duvidoso, pois o que faço é andar a esmo, perambular, apachorrar, passar a mão na quitandeira, naquele cu fragrante de ventosidades matinais.
 Que sou a carne, sangue e ossos do mais autêntico e desconcertado despiste. E minha alma reencarnada ou não, meu espírito, transmigrando ou donde quer que se encontre são a matéria ou o vento de uma peregrinação acorrentada à carne.
Passo em revista o universo rememorando a peripécia da minha vida, arrastando correntes feito alma penada, acolhida e rechaçada, não pelo mesmo céu de donos de jornais e de almas, se não que o céu de analfabetos e leitores, santos e canalhas, crentes e ateus, trabalhadores e preguiçosos, e  assistimos ou atravessamos o drama conscientemente ou de maneira casual, pois a vida é uma enciclopédia de casualidades. 
À noite voltarei para ela que é ardente e perspicaz  e tenuamente puta, como todos mais ou menos o somos. Voltarei bêbado e sem os argumentos que pereceram a luz do dia. Meu argumento é diluído e poroso como o passar do tempo, ou mesmo o inacessível  entendimento desse passar o tempo. 

Sou as coisas que me sucedem, me tocam e que a mim se misturam e se alteram para separar-me delas transformado ou como se não houvesse passado coisa nenhuma, salvo a matéria de que são feitas tais coisas, de tempo diluído, de porosidade e inacessibilidade e que por isso duram.

O Poder corrompe?





PREMISSAS:


O estúpido, como qualquer criatura humana, é parte integrante da sociedade.
Em geral exercemos influências entre os pares, e haá muitos fatores que determinam a capacidade de influenciar.
Dentre tantos fatores podemos destacar: o genético (belo|conteúdo) e o poder (conteúdo).
O belo: “Tudo sucumbe diante do belo”, mas “O belo é poder”.
O poder sem o belo é “Poder”, mas Poder em si, sem mais nada.
Algumas palavras respeito ao Poder.
A frase mais estúpida que já ouvi é:
O Poder corrompe.
Estúpida porque Poder não é forma, Poder é conteúdo.
Só a Forma corrompe.
Forma é Democracia, Monarquia, Ditadura etc.
Conteúdo|Poder não é necessidade, sim inerência.
Não há Poder do bem, pois todo Poder é “tutelar”. E em sã consciência não precisamos de tutor.
Se precisar ou aceitar tutores é por estar degradado, corrompido como projeto, ser é ter projeto, e o projeto genérico é libertário, não aceita “tutela”.
O Poder sem o “ser corrompido” não existe. Donde tiramos que: O Poder é a manifestação do “ser degradado”. Note que não existe “outro” ser que não “o” degradado.
O Poder também um dia foi genético e divino (deus era o “tutor” único), nascia-se Rei, Príncipe etc. Era uma falácia.
Hoje o Poder assumiu forma “democrática”, não deixou de ser uma falácia.
A democracia é a ditadura da “maioria”. Sendo que: A maioria é sempre a mesma desde tempos imemoriais.

14 de jan. de 2013

Troca-Troca.


Como diziam aqueles que diziam, no tempo que se dizia, em latim, diziam: “corruptio optimi est pessima”, em tradução livre: a corrupção do ótimo é péssimo. Não vejo ninguém ótimo. Nem nunca vi. Na política, menos ainda, porque a politica é a interface de interesses antagônicos. Isto é importante: Interesses antagônicos, opostos. O dinheiro não tem preconceito, vai pra qualquer mão, suja ou limpa, com calos de cabo de enxada ou lisinha. Mas o Capital, o capital, só o é, se acumulado. Mormente se acumula via roubo. Leia-se Capital com “C” maiúsculo, não é a poupança da classe média. Um bom número seria > R$100.000.000,00 + ou -. Não está no facebook quem tem tal volume amealhado, a não ser, como noticia. Um exemplo o caso Samsung x Aple, não dá pra prender a Samsung, mas US$ 1.000.000.000,00 são algemas douradas impostas pela justiça estadunidense. A política é feita por humanos agrupados em partidos, defendendo interesses próprios e alheios. Em posse desses discernimentos e da sabedoria histórica de que a corrupção no Brasil é ancestral, outro saber histórico é que: todo partido que foi 'populista', popular, esquerda, etc tenha o adjetivo que queiram, mas com este viés: povão, foram os únicos, sempre, a serem punidos, apeados do poder, pela 'justiça' do Capital  ou o seu  braço armado, as Forças Armadas.
A mídia, grande ou pequena, defende interesses, próprios. Não vou perder tempo em acusar o ex presidente FHC und Konsorten nos casos vazados do Proer, assim por diante. O discurso contra a corrupção, foi amplamente usado pelo PT na época de Paulo Maluf, Orestes Quércia, etc, porque era uma das poucas coisas que a massa entendia e entente, e que faz os fariseus sentarem-se nos próprios rabos, apontarem  o indicador aos corruptos e chorando cobrem a cabeça com o véu da pureza e como verdadeiros Robespierres pedem as cabeças e que estas  rolem para dentro dos cestos. Sou a favor, também. Porém de todas as cabeças corruptas. Entretanto, todavia, contudo não acredito em troca-troca se eu tiver que dar o cu primeiro.

9 de jan. de 2013

Política eletista: Barrar a democratização a qualquer custo.



No mundo da matemática, 2 + 2 = 4, o mesmo acontece na física clássica, entretanto no mundo animal, raramente isso é verdade, mesmo no mundo mineral a coisa se complica. Entretanto insistimos na platitude. No seio familiar detectamos preferências, havendo casos grosseiros. Há famílias que se dissiparam por um par de pneumáticos. Onde houver mais de um símio um deles será o líder. A distribuição de poder é construída em qualquer caso. Nestas distribuições estão os pilares de sustentação das famílias, dos grupos, das colmeias, das alcateias, das cáfilas, dos cardumes, das corjas, das chusmas, dos elencos, das farândolas, das juntas, das manadas, das matulas, das bandas, dos armentos, das cambadas, das choldras, das caravanas, dos fatos, das hordas, das matilhas, dos móis, das plêiade, dos rebanhos, das tropas, enfim das súcias e mesmo numa nuvem panapaná aparentemente caótica, há a hierarquia. Mesmo no simplório e ideológico National Geography sabe-se e diz-se que a solidariedade é fundamental para a sobrevivência e crescimento dos grupos.
A distribuição de poder, que é a base da hierarquia – sendo o resto o mais puro fetiche, e fetiches os há em profusão – é a pedra angular para o bem estar das coletividades. A humanidade é o coletivo geral dos humanos.
A escolha dos líderes se dá de muitas formas no mundo animal. Há de tudo. Houve um tempo no qual os humanos, ou parte deles criam na descendência divina dos poderosos, não é a mais ridícula, é só mais uma. No Brasil ainda, por influência indígena, cultua-se os médicos, por pajés. Outro costume é confiar nos becados, doutores, qualquer doutor é confiável, é um costume material, como os analfabetos adoram canetas, a coisa é extensiva e neste sentido a coisa pode ser matizada, mas não é necessário, creio.
Um fato histórico foi a revolução industrial. A revolução industrial ocorreu no país que mais acumulou capital, à época, e o acumulo de capital foi devido, em grande parte, aos corsários. Os corsários roubavam sob a bandeira do seu rei. No caso o rei da Inglaterra. Em todo caso havia os piratas, que agiam por conta própria, mas os tesouros em geral ingressavam no mesmo país.
Sabe-se também que a água sempre procura ocupar os espaços com equidade, pode-se dizer que a água é equânime, entretanto há uma situação na qual a água sobe, a este fenômeno se dá o nome de capilaridade, por que a água sobe pelo capilar, capilar vem de cabelo, um tubo tão fino como um fio de cabelo colocado sobre a superfície da água, permite que ela se eleve. Nos regimes de acumulação os dois casos supra citados também acontecem, o primeiro mais que o segundo, que se diz no jargão destes estudos de capilaridade social, que é quando um indivíduo ascende socialmente, sem que tenha uma ajuda, ou uma acumulação de capital da forma mais comum: o roubo. Os colonizadores roubaram as terras dos autóctones, e seus tata tataranetos o seguem perpetrando a prática para não se esquecerem.
Os brasileiros, e brasileiros somos todos sobre essa terra, menos os índios não civilizados – e que se coloque todas as aspas neste civilizados – derrotaram os tupis, guaranis, tapuias, etc; e carregamos todo o processo, ainda que não se explique na história, de formação da sociedade brasileira. Sabemos como foi conseguido cada acre dessa terra, cada beira de rio, cada capuava – palavra tupi guarani – cada invernada, cada ribanceira e por conseguinte como se perdeu a posse destes rincões, a sabre, peixeira, baioneta, cartucheira, pistola, trabuco, paulada, pedrada, enfim escorrendo sangue.
Isso talvez explique o porquê de os comerciantes atuais serem tratados – e muito se comportado - como ladrões de então, porque a imagem que fica é da troca de terras, ouros, prata, esmeraldas, filhas, filhos e mulheres por um espelho, um litro de cachaça.
Há no meio de toda nossa gente, aqueles que decantam preferência por um desgoverno, ou melhor dito, pela ausência completa da lei, bastando-se com capatazes e pistolas. Este é o principal viés ideológico da elite brasileira. Por outro lado há a prática inexorável do: “vão-se os anéis, ficam-se os dedos”.
A democracia brasileira é um anel perdido. Não é uma aliança, é um anel perdido pela elite brasileira, demoradamente lenta, sanguinolenta, desde o fim do 'império', porque com a República – e não se deve esquecer das infinitas aspas nesta República – o que se buscava não era mais que a revolução francesa com um século de atraso, com a diferença de que os franceses estabeleceram, num primeiro momento, cidadãos de primeira e segunda classe e nós de terceira e de quarta, além dos escravos, claro, nem lumpesinato eram, quando livres.
Nosso processo é lento, por uma infinidade de motivos, causas e efeitos destas causas.
Evidentemente que o governo Lula tomou mais uns anéis da elite, e tais anéis acabam por custar os dedos do PT, e o do próprio Luiz Inácio.
O que se vê, historicamente, é que uma vez conquistados estes anéis não voltarão aos dedos donde saíram – muito embora na União Europeia e mesmo nos EUA haja uma luta intestinal pelo retrocesso, uma busca sanguinolenta pelo fim do bem estar social, no entanto é demasiado “temprano” cedo, como diz o esfolado trabalhador espanhol – todavia a tentativa é de parar o processo de democratização a qualquer custo. E este qualquer custo é mesmo qualquer!
P.S. Democracia é o governo do povo do pais, de todos para todos. Então falar em populismo é creditar pontos à democracia. Porque do contrário deveria ser aristocracia, tecnocracia, meritocracia etc.             

6 de jan. de 2013

Exibido|Inzibido


Sou contra a criação da tal lei de imprensa. Tem papel mais importante o caráter do judiciário, que a 'boa' lei. Foi a jurisprudência praticada pelos “STF” e “STJ” nas últimas décadas, que ataram seus próprios pés e mãos, a ponto da paralisia em que se encontram, os obrigarem a serem foras-da-lei, o que não é novo.
 Nem mesmo criminosos perigosos e hediondos são  plenamentes alcançados. 
 Penso que a mídia pode fazer toda fumaça que quiser. Primeiro, não creio servir para mais, que deixar uns quantos crédulos obnubilados com estomatites, úlceras e baba seca no canto da boca; ao gastarem, cardialgíacos, o jargão de delegados pusilânimes, por isso histriônicos. Por outro lado a aposta na pauta única – corrupção – é cansativa. Daqui a pouco as 'boas pessoas' estarão a chamar Joaquim Barbosa de ' inzibido '.