29 de ago. de 2011

José Dirceu, Maria dos Santos, Veja e Eu “ à nível de Veja”





Sábado o Luiz Fernando Juncal postou no Facebook uma postagem do Blog de Luis Nassif. Onde Nassif descreveu a metodologia empregada pela revista semanal, para capturar\bisbilhotar José Dirceu. Não sou legalista – questões intestinais – ou moralista – a hóstia sempre grudava no céu da boca, apesar de sempre haver confessado, o cristianismo não se dissolve com amilase, baba, perdigoto, cuspe.

Neste ponto você deve ouvir esta CANÇÃO.. Para continuar a ler. Ou ler enquanto faz a audição.



Na época do mensalão não me espantaram, os métodos dirceunianos de “cooptar” o congresso via papel moeda, pois a intenção subjacente, era minha conhecida, ainda que literariamente, ou da “praxis” certos grupelhos do movimento estudantil, a citar: MR 8.
As dificuldades de qualquer governo com esse arremedo de partidos sempre serão grandes, uma coisa é ter uma oposição, por exemplo o PSDB nesse caso, ou o PT oposição no governo FHC, por quaisquer posições minimamente programáticas, partidárias. Outra é não ter oposição fixa. Oposição nuvem. Fisiológicos que todos até então enfrentavam, sempre, de maneira não declarada, ou as claras. Só um mal dizer, ou outro, de FHC, por ainda andar lá pelas bandas da literatura pastoril.
Talvez o Zé Dirceu, no mundo real ( no mundo real a fome não é estatística, a estatística não é fome, e como diria Tim Maia, me de motivo). Zé Dirceu que andou por ele ( o mundo real) fazendo filhos, disfarçado, outro nome, sabia que ao montar no cavalo do poder, não se lhe oporiam posturas - minimamente - políticas, ideológicas, como as que Lenin se deparou nos salões da bailarina amante do Czar, e do balcão do mesmo palácio soltou discursos, como labaredas saídas da boca de um dragão, a queimarem a gordura daqueles cérebros estupefatos, principalmente dos seus Bolcheviques, mas também de Mencheviques.
José Dirceu sabia que ali, naquela Brasília nada de Mencheviques, mas sim os próprios heraclitianos porcos a se lavarem na lama e bois, e seus chacareiros, palhaços e outros ruminantes, radialistas, médicos com ternos de risquinhas (não é comum dos médicos esse hábito, não aos médicos médicos), médicos ex-prefeitos, ex-prefeitos guindados pelos votos de cidades de 80, 100, 200... mil habitantes com suas necessidades fisiológicas, ambulâncias, pontes, asfalto para estradas vicinais, segundas mulheres, segundos filhos, maridos das filhas, etc. Tudo a ser saciado a cada votação, guiada por “lideranças” partidárias ( imagino o asco sentido pelo Zé diante destas lideranças, a preencherem bilhete de mega sena na antessala).
O que se deu foi relação de uso, como aquela que se dá com um prostituta, ( eu pergunte
a Maria dos Anos, quanto custa pra se ver?), na qual não há a minima necessidade de que unhas postiças e esmaltadas te percorram o peito peludo a desenhar geografias dissimuladas, enquanto a fumaça do cigarro vaga como a mente e como a vagabunda.
A solução foi a compra por atacado. Uma espécie de Paredón. Um auditório SS: quem quer dinheiro? Hahai Lombardi. Um escarro de fumo mascado clinteastwoodiano nos escorpiões. Uma inversão de valores, ou melhor, inversão de papéis, a esquerda ideológica a comprar a moralidade cristã, rural vestida de cravo na lapela e os próprios confessores em seus confessionários. Gozo. Folga. Sim folguei com aqueles dias.
Claro que a coisa não iria longe, afinal o que se comprava era a parte mais podre do cachorro morto em decomposição, da aparente saudável sociedade brasileira dos cães de raça.
Dirceu bandido banido ora vestido de domador de vanidades caninas mumificadas. Eu havia lido Was tun? Oder, Lenin gesagt habe: was tun? Respondeu: Rumo a estação Finlândia: Lenin gesagt habe, e a questão do iceberg submerso, a parte ilegal do partido, era o Zé, praticando, funcionando, adaptando no calor da luta, dentro dela no seu decorrer. Eu gostava, cúmplice, batia também com minha cultura cinematográfica de “velho oeste”. O sempre Clint que partiu bandido agora volta e vira mocinho, para salvar a prostituta francesa que virou donzela, o barbeiro, o coveiro e o taberneiro.
É o mesmo Lenin espremido, dentro de um vagão, pelos que andavam ávidos por ouvi-lo. O próprio jogo, o filme, o livro e a camiseta eram de bandidos, e nisto não há nem havia bem que pudesse ser bom. Mas, eu gostava. Desfrutei. Zé Dirceu era o traficante que “fez fiado” a viciados empedernidos. Afinal que ideologia, que discurso, que retórica poderia tocar aquela gente, senão que a migalha da qual sempre foram escravos, a manutenção de uma chácara com piscina na triste e seca Palestina, a beira do rio Turvo e o jet sky arrastado pela camionete até o Guarujá. Tudo tem sua graça, até mesmo isso. Eu provei e prefiro uma canoa com branca vela velha, mas tem que ter espirito, algo de fantasia interior, para o tempo\trajeto e se não for inventivo, que é o meu caso, busca-se num O Velho e o Mar.
Mas o que fazer quando a aparência é o que importa? Então vem o Zé Dirceu, e diz para o cara de peixe: o ranho da vossa constipação se lhe escapa sobre o bigode!
Para Roberto Jefferson foi demasiado, isto somado a 4 milhões de reais a lhe esfregarem na fuça.
Toma verme.
Toma carniça.
Tome seu bosta.
Como, quem recebe como parte sólida do menosprezo, alem do dinheiro, um bolo de merengue de clara mal formada, na cara .
Mas um pouco de brio tinha o homem, um brio de verme, de lombriga, de taenia. Muitos da dita elite tem nas profundezas da mente o que é comum os flagelados terem no intestino.
Pois o que os vermes não aceitaram foi o vulto refletido da própria vulgaridade vermiforme, banalizada.
No fundo, no princípio também sonharam em ser políticos. Com seu lado romântico. Claro que sim. Mas isso se havia corroído pela fragilidade da composição de seus próprios princípios.
Anteriormente o cara apresentava um projeto. Passo a passo: do projeto a propina. Ou seja, projetava a propina , mediante obtenção, sanção de um projeto em favor da gentalha de sua terra natal. Duas cadeiras de rodas, um berçário, por exemplo, para atender as empregadas domésticas que lhe escutavam pelo rádio, e do cabo eleitoral que perdeu a perna na moenda, ou com a diabetes pelo excesso de cana. Afinal só bêbado e mamado.
Naquele momento não!
Ouviam: Não, nem precisa de projeto Excelência, tó, toma, pegue é seu o pacote, e a mala ofensiva e ostensiva à mesa, que o convocava ao plenário, à militância, uma militância de puta, sem direito a discurso, um rebanho ruminando, que por vezes errou o voto. O mesmo método que eles aplicavam ao seus eleitores.
Doravante eles eram os descalços, descamisados. No sentido que isso possa ter em relação a carência de qualquer minimo que calce-o de valor humano. Camisetas, bolas, chinelos etc.
Resumo da ópera: compra de voto.
E compra de voto é abusar da fragilidade do eleitor. O mundo sempre coloca a boca no mundo, ainda que da boca para fora.

26 de ago. de 2011

Muralha da China.


 De tudo há. Assim há uns que pertencem a deus. Outros que são fantasmas. Os mumificados. Domésticos. Porcos. Sereias. Fabulosos. Libertos. Todos os anteriores. Os que se agitam como loucos. Os pintados com pelo de camelo. Há os que não são os anteriores e nem os a seguir nomeados. Os que acabam de quebrar o rabo. Os que de longe parecem moscas. Lista livremente adaptada desde Borges, el outro, que cita enciclopédia chinesa. Os animais. A lista interdita qualquer possibilidade de pensar ausências. Cada elemento taxonômico é universo de semelhanças e fronteiriço de universos de diversidades. É geografia estranha, entrelaçada, sem todavia permitir intersecções. Onde, mesmo o ranho é um ciclope quando em cavernoso nariz. Esses seres que são todos, nós incluídos, nos vem facilitar o pensamento, acomodá-lo no seu puf ideológico ou simplesmente caótico, desatento, casual e provável, se fosse possível impedir o acaso num jogo de dados. Nada mais terrível que incomodar o acomodado. Com isso esta taxonomia geral e irrestrita assossega a todos. Para que cada um se acomode, no seu balanço. E não se meta em universos outros e desconhecidos, inacessíveis por interditos. Dai que o melhor a fazer é a cara patética do universo de iguais, ao qual devíamos nos manter restritos. Mas mesmo isso não nos atura, ainda quando esbarramos em verdadeiras muralhas de desconhecimento, teimosamente apomos as nossas, feitas de quadrados tijolos, da massapê endurecida pelo pisoteio de ignorâncias, para não ver assimetrias outras. Assim estanques entre amuradas, o discurso que deveria pairar por sobre o universo de singularidades, incerto como uma nuvem, para ver, sentir, aperceber o universo de diversidades dentro do universo das semelhanças, se torna interdito, rarefeito a criar guetos inacessíveis às diferenças, diversidades, e nem sequer chega-se a segunda lei da termodinâmica. Desse modo o esparramo caótico do céu estrelado, que é só uma das possibilidades, acaba por ser ferozmente vindicado como único e imutável, como a própria muralha da China.  

22 de ago. de 2011

Futebol.




Desde sempre gosto de futebol. De menino, aproveitava cada intervalo de outras atividades para meter ai no meio um bola. De pano. De meia. De plástico. De capotão. N° 3, N°4 e 5. No hora do recreio, na horta com os repolhos, quando o Vicente atirava o repolho e então, eu “fazia a ponte” e gritava enquanto caia com o repolho-bola: Mazuuuuuurkiewcs, grande porteiro cisplatino da copa de 70, aquele que Pelé, a coisa quântica: ora Pelé, ora bola. Diante de tamanho obstáculo, Mazurkiewcs, se separou em bola e Pelé, cada um sendo o mesmo, cindido “passou” cada qual por um lado do goalkeeper. Puro encantamento, poesia quântica EΨ = ḢΨ. Diferente de Maradona e Messi sendo que ambos os argentinos, aquele não conseguiu, este ainda não pode ser dual. Pelé\Bola. Pelé o Rei. Este também desconheceu o barroquismo praticado pelo Gaúcho, Neymar. Nomeio-os para estabelecer paralelo de retas, que contra a regra matemática se afastam, apesar de um certo paralelismo inicial. Note que não os boto na mesma frase. Não são dignos, nem sou louco de tal desrespeito. Nem sei tampouco se é gramaticamente possível ter um sujeito como Pelé junto a outros sujeitos de ordens inferiores. Enfim o sujeito não se matiza.
Jogava, ia ao estádio Alfredo Comacchio em Bonfim Paulista assistir o Bonfinense. Ia à Joia de Cimento Armado. Ao Santa Cruz fui ver o adeus Dele, Zé Mário e um Sócrates primevo. Ouvia os jogos do Bafo, do Corinthians e tudo em seguida os comentários das partidas. Na segunda-feira lia o jornal por mais comentários e análises.
Já adulto li as crônicas de Nélson Rodrigues sobre futebol.
Depois me desinteressou pouco a pouco qualquer comentário ou narração a respeito. Creio, que o primeiro passo foi justo terminar a Copa de 1982, em Espanha e então completamente antes da copa qual Zagallo foi guindado a treinador pela enésima oportunidade. A gota d´água foi vê-lo no Jô Onze e meia, dizer que desconhecia a partida beneficente pró Garrincha, em notória trajetória de choque com o Absurdo: Garrincha.
A crônica esportiva começara a ganhar toques de Contigo, bastidores, batom e blusch. Um que outro jornalista esportivo se ocupou das mazelas do futebol, tentando aparentemente dar-lhes caráter político, mas cujo viés, até hoje, não ultrapassa o moralismo de vigário pedófilo. Sendo que ainda que a este moralismo; estes tipos que dele se afanam e afamam, nas três formas de pretérito e presente do indicativo, sequer o tangenciaram apesar de tsunâmica azafama.
Isso que vou dizer merece nova postagem: A queda do futebol é concomitante à baixa qualidade da crônica esportiva. 

21 de ago. de 2011

Ceci n´est pas un loup. Ou nem te ligo vitiligo.




Talvez morrer de fome seja tão angustiante quanto comer uma ostra seguida de Prosseco bem gelado, como antepasto a parrilhada de frutos do mar. Mas pelo fato de culturalmente, ao longo de todo o processo civilizatório, termos carregado de valores e fetiches: a ostra, o Prosseco, a trufa. a picanha com alho então morrer de fome é ruim. E assim e só assim posso compreender como vitória, a pasmaceira gandhiana, ou a passividade permissiva brasileira, a paz dalai lamista do Tibete.
O mundo nos oferece alguns discursos em condições bastante objetivas que podem balizar nossos comportamentos de tal modo conseguirmos uma boa correlação de forças entre os pares. Tirante obviamente, seculares e eternos ditos sofistas e não casuisticamente conservadores, como: “oferecer a outra face”, “nem te ligo vitiligo”, a resignação e o silenciar-se como fonte de superioridade e sabedoria, como quis Lao Tsé no seu “quem sabe não fala”, que nos tem derrotado desde sempre, senão que no silêncio do réu, para fintar os óbices da lei e obstar do incriminar-se, onde diga-se de passagem, talvez fosse a grande, única e pedagógica punição possível, justamente narrar a malfeitoria até sangrar-se, como forma de encontrar-se consigo mesmo, na raiz e na flor da maldade. Ou seja toda essa não atividade, não reação diante dos fatos, seguem sendo anunciados pelas governantas e mordomos como: o melhor dos mundos possíveis, a oferecer na bandeja como canapês a maneira “sofisticada” de comportar-se. Dê a outra face, e agradeça a deus. Mas não é isso, e nem só isso, pois trata-se a olhos vistos de um sofisma.
O inconsciente – se instinto - nos faz iguais, não a essência que nenhuns sabemos sequer do que é feita e sequer se é feita, tal igualdade quando muito é DNA de uma origem comum, que não nos remete ao barro bíblico.
Porque e enquanto isso, no mundo real, no meio da praça a personagem, Corrupção, se esgoela numa grita infernal, pedindo e clamando por um inquisidor, uma fogueira que a queime ali, catarticamente.
Não podemos nos silenciar. O silêncio só serve ao réu. Mas todo aquele que prega o silêncio como forma de grandeza e sabedoria, o faz grandiloquentemente de Lao Tsé, passando por Jesus, Gandhi, Dalai Lama até chegar aos contemporâneos manuais de autoajuda. As gritas, as acusações, o silenciar-se etc, são formas de exercício ou abdicação do poder, no caso: abdicação

A leitura do artigo da escritora Ely Vieitiz. O silêncio dos Lobos no Caderno C do Jornal A Cidade 21\06, num primeiro momento me deixou intrigado. Reli-o. E não se aclarava; atentamente frase por frase; parágrafo traz parágrafo; nenhuma incongruência na conotação metafórica (lobo em pele de cordeiro): silêncio\sabedoria em oposição a respostas ásperas, pareceu-me tão só estética a diferença, onde subjaz mais o caráter chá das cinco, (sofisma\sofisticado) que qualquer razão mais positiva ou civilizatória do instinto entre elas, das diferenças: a sabedoria. Pensei então tratar-se de uma personagem, que os via malogrados, a explicar os tais silêncios, superiores. E talvez nisso estivesse a contradição. A resposta áspera na elucidação: a publicação. A Metalinguagem. Como a frase de Magritte sob o cachimbo desenhado: Ceci n´est pas une pipe.

Ajuntado os fatos. Outro dia circulou por Ribeirão Preto a primeira edição da revista Revide que anunciava as 100 pessoas mais influentes no município. Adoro as listas de 10 melhores ou 100 melhores para quaisquer atividades. Tanto que outro dia comecei uma lista das 10 canções que mais gosto da MPB, mas logo lembrei do Luiz Melodia que havia ficado fora Salve linda canção sem esperança, logo supus 15, 20 e fácil fácil chegava a 100. Então entendi a ausência de Júlio Chiavenato.          

20 de ago. de 2011

CORRUPÇÃO: Quanto mais leis, mais vícios, ou possibilidades deles.

Entendendo a corrupção.


,A corrupção é no mínimo subjacente, se tratamos da humanidade, não de panapaná. Os homens têm interesses outros aos das borboletas. A Globo imortalizou dois tipos de caçadores: o de corruptos - marajás – via Collor e o de borboletas em Odorico Paraguaçu, Dirceu Borboletas. Ambos bastante diversos. Este a fuga da realidade, cômico; o outro, a tragédia digna dos clássicos Gregos, que numa leitura de média apneia - mergulho nem tão profundo que exija tambor de oxigênio, tampouco superficial, que se faça sem escafandro - aproxima Collor a Édipo ou a Coração Satânico de Allan Parker, aonde Harry Angel busca-se, já que o assassino é o próprio. Collor quanto Harry Angel (Mikey Rourke) revivem o fato, na repetição sob o prisma do outro, seja, com culpa. Assim devemos buscar o Corrupto, até o fim. Sem medo de nos encontrarmo-nos.


Nesse sentido não posso esquecer a Jackson do Pandeiro, mas quem disse o que direi é Aldir Blanc … pois quem vende saúde\ possivelmente é doente. Para que citei a Globo? Porque exerceu\exerce o papel junto à população, que os EUA exerceram\exercem no Brasil. Um no Brasil pessoa jurídica e aquela no Brasil sentimental. Por nenhuns tenho interesse aqui. Tão-só olho por este buraco de chave, donde tento ver o todo, deslocando o olhar, ou a simples e dissimulada atenção a coisas de cariz público.
Tivemos dois estilos de governos desde Harry Angel Collor de Mello. Um que vendeu o que tínhamos, e, o mais lucrativo: o que havia por construir. O outro, o direito de execução da possibilidade do se fazer. Lá subjetiva. Agora objetiva. Antes a concessão. Aqui o equipamento. Antes o estudo sobre a enchente. Agora a obra. Então os intelectuais. Doravante os capatazes.
O problema central ainda é o fato de as elites econômicas não legislarem diretamente, mas via representantes elegidos pela massa. Seja há o político que aceita esse perfil. Defender a propriedade de outrem. O exerce. Mas há o político que cobra parcelas da propriedade, seja ela, valor mobiliário, móvel, imóvel ou subjetivas tais como direitos, dignidades... Pois o que funda nossa sociedade é a propriedade, pequena, ínfima ou imensa. O estado é o juiz e a polícia e gerador da lei que rege, vigia e pune a expropriação. Me parece uma boa frase: Quanto mais leis, mais vícios, ou possibilidades deles.   

18 de ago. de 2011

Creonte aplica a lei na Catedral de Produtos da China.


Ontem Creonte agiu no CPC. A sigla foi tratada como centro popular de crimes. Somos um país de Antigonas. A desobediência, o vício, deixo assim por economia substantiva, permeia todo o tecido social. Minhas excusas, mas pirataria é artimanha, método de expropriar o original, não do original. Ao que parece a industria – em particular a chinesa - é quem produz os verdadeiros produtos falsos, uma espécie de marcas e patentes, patentemente às avessas. Todo mundo, sabe menos Creonte - este estado - cuja ação inexorável é o vício. Ora, ora, vamos, que marinha abandonada temos que todos fundam âncora e devassada permite distribuir para todo o país, cargueiros de inutilidades falsas, originárias da China original. Que P.F de carboidratos e toucinho é essa que só descobre o fato, contrabando, quando o filho aparece em casa com o objeto verdadeiramente falso? E no cúmulo da arrogância investe contra a catedral da miséria humana, ou como queiram, CPC. Por óbvio, há uma máfia, e onde há uma máfia, há hierarquia, e onde há hierarquia, todos de baixo tudo fazem para ocultar os escalões de cima. Ora, ora, ora!! Ninguém sabe onde fundeados os navios, depois os conteiners transparentes, os barracões de onde saem estes produtos? O meu medo não é que haja corrupção, em havendo, há uma esperança, mas temo que isso seja mesmo método da inteligência, como os produtos apreendidos, Indigêntsia.     

16 de ago. de 2011

Lógica. Aristóteles. Silogismo.


Uma metafisica de Liceu.

Aristóteles.
Quando se fala de lógica, subliminarmente fala-se Aristóteles.
Um sistematizador.
O Liceu é a escola que Aristóteles fundou.
384-321 a.C.


Por vinte anos frequentou a Academia, que era a escola de Platão, onde posteriormente tornou-se assistente de Platão. Se chamava Academia em honra ao herói Academo.
Aristóteles embriagou-se diretamente dos perdigotos platônicos, sonhando em sucedê-lo como “diretor” da Academia, mas não foi o que aconteceu. Aristóteles bateu perna um bom tempo, mas seu pai tinha um amigo que era amigo do rei da Macedônia, e esse rei da Macedônia tinha um filho que precisava se preparar para substituí-lo no momento adequado. Foi então que Aristóteles encontrou seu ganha-pão, a dar aulas a Alexandre Magno, que era assim o nome da criança.

Cinco anos como tutor de Alexandro de Macedo, só se transformou em Magno depois.
Aristóteles ensinou-lhe que a cultura grega era a cultura. E sendo a cultura, devia e tinha praticamente direito de tornar-se a cultura do mundo, claro que do mundo ocidental.
O moleque Alexandre acreditou. Aprendeu a filosofia greco-platônica e pôs em prática. E fez seu império cultural e claro militar, com pouco mais de trinta anos, e Aristóteles se realizou via Alexandre.

Depois Aristoteles fundou o Liceu. Homenageando o Apolo. Liceo. A primeira universidade. Aristóteles ensinava tudo.
Por meio das anotações de seus alunos chega até a modernidade escritos de 445.270 de linhas.

São as esotericamente nada mais que: obras de divulgação. Externar ao grande público. Não chegou até nós.
E as essoteriche que são as matemáticas que nada mais era para estudos, pesquisas.

Diálogos inspiradores.

A Metafisica.

Hoje quer dizer alem do mundo físico.
Mas antes significava coisas práticas, coisas de diversas origens, depois da física.

Livro IV.
Os axiomas do Ser. Que são duas propriedades fundamentais do Ser.
Então havia duas maneiras de pensar o mundo. Uma via Parmentieras e outra por Heráclito.
Para Heráclito o mundo é um continuo porvir. Tudo corre.
Não se entra jamais no mesmo rio.

Parmenides sustenta: que apesar desta aparência de movimento o mundo é estático e é uno, feito de objetos estáticos.
É o que restou, pois apesar do eterno movimento, qualquer coisa sempre resta que é o objeto. Do gol o que é sólido e não desvanece é a bola.
Como em toda origem a filosofia de Parmenides andava envolta em fumaça e obscurantismo.
Aristóteles soprou a fumaça com os Axiomas do Ser.
  1. princípio de não contradição. Não (a e não-A).
    um princípio não pode ser um mesmo objeto(ou argumento) e ao mesmo tempo ser falso e verdadeiro a hora.
    Outro axioma.
  2. Principio do terceiro excluído. Não existe o terceiro caso.
    A ou não -A
significa que uma proposição é verdadeira. Ou a proposição é falsa.
Assim a coisa ou é verdadeira ou é falsa. Tem verdade e a falsidade se contrapondo.

Depois aparece ORGANON. Significava instrumento, instrumento pra estudar a lógica.
As Categorias . Uma análise linguística de Sujeito, predicado atômico ( que não pode se decompor). Não há analise do complemento. E isso durou dois mil anos, até Frege.
Interpretação. Proposição composta. Estudo das proposições composta.

Analítica. (i,II). Argumentos.

Tópico. Dialética.
Hipóteses. Argumentos
Lógica. Verdadeira Corretos.
Dialética. Verossímil. Corretos.
Erística. Falsas. Corretos.
Sofistica. -------- Fluxível.

Contribuição principal.
Silogismos.
Quantificadores. Nenhum, qualquer, todo, tudo.
Modalidades. Impossível, possível, necessário.

Silogismos.
Axiomas e Regras.
Aristóteles faz um análise brilhante e completa de todos os tipos de silogismos.
O esquema de passar de uma premissa maior a uma menor e chegar a uma conclusão.

Aristóteles fez uma taxionomia de todos os tipos de silogismos;
todos os homens são..
alguns homens
nenhum homem
algum homem... etc. Encontrou 257. depois buscou aqueles que eram corretos. E fez uma lista. E lhe escapou um que outro. E não parou nisso.


Buscou saber como se passa de um silogismo a outro. E por fim nomeou de o silogismo Barbara, aquele de que todos derivavam. O que hoje se chama a transitividade da implicação.
Sendo A depende B e B depende C então A depende C.

Quantificadores


afirmativa negativo.
Universais tudo nenhum
particulares. Qualquer nem tudo.

Esta é a tabela feita por Aristóteles.
ex. todos fazem.
Não é verdade que algum não faz.
São duas negações que fazem a afirmativa universal.
Algum faz.
Não é verdade que todos não fazem.
Duas negações.

Modalidades.

Afirmativa Negativo
apodítico. Necessário impossível
problemática possível contingente.


assim se pode passar de necessário a possível.
Necessário fazer.
Não é possível não fazer.
É possível fazer.
Não é necessário não fazer.

São os contributos técnicos de Aristóteles.













15 de ago. de 2011

Lógica. Platão.


Ideias Acadêmicas.

Platão.
428 347 a.C.

Filosofia = Matemática.

A Didática em Platão.
( República , Leis) são as obras de divulgação.
Pois Platão expunha seus pensamentos oralmente. Tradição que havia começado com Pitágoras.

Os diálogos Republica e as Leis, hoje são tratados separadamente, pois ganharam autonomia, porém eram um só texto.
Platão pensava que para criar bravos cidadãos, estes deviam aprender aritmética e geometria.
Assim o fundamento para a educação era qualquer coisa de matemática.
Pois a matemática estava na base de todo o pensamento. A aritmética e a geometria era vista não como hoje uma preparação técnica, como utensilio, ferramenta e desta maneira, serve para a física, serve para... em síntese serve para as ciências naturais.
Mas para Platão tais disciplinas eram o fundamento para a vida inclusive à Ética.

Ética.
(Filebo, Protágoras)

proporções. ( meio justo)
medida (mais\menos, maior\menor)

A ética é a ciência do comportamento.

O mundo que nos rodeia é matemático. O teclado, a tela, a internet, o computador, o carro etc. Quimicamente, fisicamente ou seja via ciência natural: Matemática.

Diálogos sobre a ética.

Flebo e Protágoras.

Platão tem como ponto central o senso de proporcionalidade, ou seja , não exagerar, a via de meio.
E para saber o meio justo é necessário saber a teoria das proporções. Quantificar os prós e os contras e encontrar o caminho da medida justa. Platão pensava que neste caso o método matemático, nem tanto o resultado mas o método poderia servir de guia ao comportamento.
Que significa saber se comportar?
É saber ordenar o que se propõe usando as medidas mais, menos, maior, menor.
Assim a matemática intervem na filosofia de Platão, na Didática.

Timeu. Física.

É o dialogo que diz como é construído o mundo.. a natureza é geométrica.
A estrutura do universo.
Timeu é hermético, aporta sabedorias de civilizações diversas,
mas o essencial diz que a estrutura universal é geométrica, como uma gota d´água.

Claro que hoje vemos a gota por meio da teoria do caos, imagens fractais etc.
Pitágoras pensava numa natureza aritmética.
Timeu é um dialogo de cosmológico.

Platão introduz os Sólidos.
Cubo.
Tetraedro.
Octaedro.
Dodecaedro.
Icosaedro. E discute estes sólidos.
Tais sólidos provavelmente haviam sidos descobertos pelos Egípcios, os Pitagóricos, Teeteto, Platão e Euclides.
Teeteto descobre que os cinco sólidos da cosmogonia platônica não os únicos e cinco sólidos regulares. Baseados em polígonos regulares. Que têm os lados iguais. Triângulos, quadrados, etc.

Mesmo não sendo matemático Platão nos mostras que estava antenado nos mais recentes lançamentos matemáticos de seu tempo.

Enfim tudo isso na cosmogonia platônica.

Para Platão a Água = um copo de fogo e dois de ar e era representada pelo icosaedro o sólido com vinte faces triangulares e o icosaedro = a um tetraedro e dois octaedros. O fogo o tetraedro o ar os dois octaedros.
Em número de faces regulares temos que 20 = tetraedro 4 + 16 2x octaedro;
H2O.

Diálogos aritméticos.
Menone. Raiz quadrada.
Teeteto: raiz arbitraria.
Leis. Fatorial.

MENONE. Era o escravo de cujo Sócrates lhe tira da boca peça por peça a primeira demonstração matemática. Embora a matemática já existisse ou havia existido na Babilônia, no Egito, não havia a famosa demonstração. Forma especial do teorema de Pitágoras.

Teeteto agora é o personagem principal: a raiz quadrada de um numero inteiro que não seja quadrado é irracional. Antes de Teeteto se conhecia a irracionalidade até o dezessete. Pois se pensava a coisa de maneira geométrica. E dentro da figura só cabiam dezessete triângulos que vão crescendo em área formando um desenho que se parece o caracol. E a partir de dezessete havia que se desenhar triângulos espiraladamente sobre a própria espiral e isso não se concebia.

Em Leggi Platão nos mostra o fatorial de 7 que se escreve assim : 7! e não quer dizer oh o sete.
1x2x3x4x5x6x7 = 5040

agora os diálogos sobre a Lógica.

Crátilo.
Teeteto.
Sofista.
Republica.


Parmênides pensava que a negação fosse qualquer de contraditório, ser e não ser em absoluto.
E em síntese Platão estabelece a negação relativa.
Uma Rosa é rosa. Mas se a Rosa não é rosa, não deixa de ser Rosa.

No Sofista. Platão estabelece o princípio da não contradição. Contra os sofistas.
Não se pode negar e afirmar ao mesmo tempo a mesma coisa.

Ainda que hoje ocorra a miúde nos parlamentos, nos julgados, na vida. Alguém está sempre a dizer e desdizer ao mesmo tempo.
Um caso recente foi com FHC.

Definição da verdade.
VERDADE.

Dizer de algo que é, que é. Dire di ciò che è che è;
Dizer de algo que não é, que não é. Dire di ciò che non è che non è.

FALSO.
DIZER do que é, que não é.
Dizer do que não é, que é.

Platão começou a separar as expressões linguísticas.
Sujeito e predicado.
Significante e significado.
Nome e Coisa.

Tudo nos parece pueril hoje, mas devemos pensar que por exemplo, falar e fazer tinham à época praticamento o mesmo significado.

Vem de lá esta ideia que se tem que se pode mudar o mundo simplesmente falando.
Então Platão começou a discriminar a Coisa que estava no mundo e o nome que está na linguagem.


Princípio de Identidade.

Origem do mundo.
Cada coisa é igual a si mesma e diferente de todas as outras.
O mundo foi demiurgicamente baseado nisso. Cada coisa é igual a si mesma.

Dialética.

Árvore de Porfírio.
Forma normal disjuntiva. Uma coisa que se subdivide em duas e em quatro sucessivamente.
Divisões dicotômicas, binárias. Dialética.

Teoria da Ideia.

Tentativa de entender a unidade versus a multiplicidade.

O parlamento, os parlamentares.
O todo e as partes. Ideia em grego é forma.
Pois Platão queria saber que coisa eram os objetos geométricos.
O triangulo é tudo que tem esta forma, a forma triangular. A Ideia.

Assim Platão cria a metafisica. O triangulo desenhado na folha de papel é a projeção da ideia, forma, triangulo.

Dai o mito da caverna. A sombra é a projeção do objeto, com a imperfeição da projeção.

Erro de Platão;
se l´anima temperante è buona.
l´anima non temperante è cativa.

A maldade da alma não deriva do fato dela não pesar bem as coisas.



14 de ago. de 2011

Lógica: o Paradoxo de Zenon. e Um conto zenoniano de Franz Kafka. como tudo em Kafka.

Paradoxo de Zenão.
Paradosso di Zenone.


Le gambe di Achille.

Aquiles e a tartaruga.
Escola de Elea. Escola Eleática.
Esta é a escola de Parmênides, cuja filosofia se baseava em: Existe o ser o não o porvir, o devenir.
Pois o porvir o devenir era a filosofia de Heráclito. Para Parmênides tudo era o ser e estático. Nada se move. E isto que nós pensamos que seja o movimento, é uma ilusão.
Zenon foi amante de Parmênides além de aluno e discípulo.

Zenão V antes de cristo.
Inventou o argumento na forma de paradoxo. Historinha com uma moral.
Parecendo verdadeiro acaba por ser falso.

Mas vamos lá:
Zenon diz:
--- Não se pode partir. (non si può partire)
ou seja. Para irmos a São Paulo, temos antes que ir a Campinas. Mas para irmos a Campinas temos antes que ir a Pirassununga. E para irmos a Pirassununga antes temos que ir a Santa Rosa de Viterbo e para irmos a Santa Rosa de Viterbo temos antes que ir a São Simão, mas para irmos a São Simão antes temos de ir a Cravinhos, e se para irmos a Cravinhos antes teremos de ir a Bonfim Paulista. Mas para irmos a Bonfim Paulista devemos ir à Nove de Julho, e antes à Lafayete, e antes a Américo, e antes a São Sebastião e ainda antes à General Osório e antes à metade da praça XV, e antes a metade da metade e antes temos que dar um passo, mas antes desse passo, meio passo, um quarto de passo, um oitavo, um dezesseis avos … não se pode partir.

Tudo isso baseado nesse regresso ao infinito.

Segundo paradoxo.

--- não se pode estar em viagem. ( non si può essere in viaggio)

famoso paradoxo da flecha.
Em qualquer momento que olharmos, fotografarmos, a flecha ela se mostrará parada. Ferma.
Ou seja. Se o movimento é feito de infinitos momentos do objeto em repouso.
Ou seja o cinematógrafo é a encarnação do paradoxo de Zenon. Assim para Parmênides e Zenon. Não há movimento.

Terceiro paradoxo é uma derivação do primeiro.

--- não se pode chegar, arribar. Se não se pode partir como se poderá chegar.

PROBLEMAS.

Física. Divisibilidade do espaço ao infinito. Matematicamente é verdadeiro.
Lógica. O regresso ao infinito.

SOLUÇÕES.
Refutação do infinito.
Não é possível repetir infinitamente os argumentos.
O espaço não pode dividir o espaço infinitamente.

metamorfoses do paradoxo de Zenon.
Chuang Tzu. IV a.C. Taoista.

Dimezzare un bastone. Cortar à metade infinitamente.

Ceticismo.
Pirrone IV a.C.
Agrippa I d.C.
Sexto Empírico II d.C. Lógica estoica.

Problema.
Nada se pode provar. Niente si può provare.
Nada se pode definir. Niente si può definire.

As demonstrações se basam sobre hipóteses. Pergunta-se por qual motivo se deve aceitar a hipotese.
Ou seja, deve-se demonstrar uma hipóteses após outra ao infinito.
Assim que não se pode provar.
Che cose è l´amore?
A resposta será sempre uma definição que dirá o amor é … qualquer coisa. E assim deveremos definir o que é qualquer coisa e assim por diante, i cose via. I non se arriba a la fine.

Soluzioni. Soluções.

Axioma.
O retorno ao infinito deve parar em um determinado momento. E esta coisa que aceitamos sem razonamentos é um axioma.
Este foi o trabalho de Euclides estabelecer o ponto de partida.

Noção primitiva. Muitos conceitos devem chegar a um ponto que não se definem são as noções primitivas.

TEOLOGIA.
XIV d.C.

Aristoteles.
Avicenna.
Tomas de Aquino.

A escolástica. Teologia racional.

A existência de Deus. Nozioni di Dio.

Ente necessário.
Ente perfeito.
Motor primeiro.
Causa primeira.
Fim último.
Tomás de Aquino. São argumentos basados na refutação do regresso ao infinito.
Gregorio de San Vinzenzo. (XVII)
descobre a solução do paradoxo.

1\2 + 1\4+1\8+...1\n= 1.

assim uma historinha aparentemente nula continha uma pérola escondida que deu origem inclusive a física moderna.
Uma soma infinita de números dando como resultado um número finito.

Laurence Sterne.
Tristam Shandy.
1760; non si può scrivere la própria autobiografia.
Um uso paradoxal do paradoxo. Perfeitamente inglês. Rsrsrs.

Lewis Carrol.

Ciò che la tartaruga disse ad Achile. 1895.
non si può ragionare. Pois precisamos saber como se usam as regras do razonamento. E as meta regras i cose via.
Quando Aquiles alcançou a tartaruga, dois mil anos depois ambos estavam cansados, pararam a beira do caminho e começaram a conversar, e a tartaruga disse a Aquiles: assim como ele não poderia jamais ultrapassá-la não se poderia arrazoar.

Joshua Royce.
Um mapa da Inglaterra, teria de ter um mapa do mapa e um mapa do mapa e cose via.
É o teorema do ponto fixo. Com uma particularidade especial. Este ponto esta coincidentemente no no mesmo lugar ao mesmo tempo, no mapa e na Inglaterra.

Franz Kafka.

Il messaggio dell´imperatore. 1917.

os personagens estão sempre diante de uma infinidade de obstáculos. O passar por um
é se aproximar do próximo ad infinito.
Em particular.
O imperador - assim se conta -  há enviado a ti... seguiremos em italiano.


Un messaggio dell’imperatore
     L’imperatore – così si dice – ha inviato a te, al singolo, all’umilissimo suddito, alla minuscola ombra sperduta nel più remoto cantuccio di fronte al sole imperiale, proprio a te l’imperatore ha mandato un messaggio dal suo letto di morte. Ha fatto inginocchiare il messaggero accanto al letto e gli ha bisbigliato il messaggio nell’orecchio; tanto gli stavi a cuore che s’è fatto ripetere, sempre all’orecchio, il messaggio.
    Con un cenno del capo ne ha confermato l’esattezza. E dinanzi a tutti coloro che erano accorsi per assistere al suo trapasso: tutte le pareti che ingombrano sono abbattute e sulle scalinate che si ergono in larghezza stanno in cerchio i grandi dell’impero; dinanzi a tutti questi ha congedato il messaggero. Il messaggero s’è messo subito in cammino; un uomo robusto, instancabile; stendendo a volte un braccio, a volte  l’altro fende la moltitudine; se incontra resistenza indica il petto, dove c’è il segno del sole; egli avanza facilmente come nessun altro. Ma la moltitudine è enorme; le sue abitazioni non finiscono mai. Come volerebbe se potesse arrivare in aperta campagna e presto udresti il meraviglioso bussare dei suoi pugni al tuo uscio. Invece si affatica quasi senza scopo; si dibatte ancora lungo gli appartamenti del palazzo interno; non
li supererà mai, e se anche ci riuscisse nulla sarebbe ancora raggiunto; dovrebbe lottare per scendere scale, e se anche ci riuscisse nulla sarebbe ancora raggiunto; bisognerebbe attraversare i cortili, e dopo i cortili il secondo palazzo che racchiude il primo; altre scale, altri cortili; e un altro palazzo, e così via per millenni; e se riuscisse infine a sbucare fuori dal portone più esterno – però questo non potrà verificarsi mai
e poi mai – si troverebbe ancora davanti la capitale, il centro del mondo, ricoperta da tutti i suoi rifiuti. Nessuno può uscirne fuori e tanto meno col messa




Jorge Luis Borges.
Metempsicosi della tartaruga. 1941;
la morte e la bussola.
Um assasino, um detetive, o próximo crime, até que o próximo morto será o detetive.

Maurits Escher.
Sempre più piccolo.


11 de ago. de 2011

Representatividade.


No âmbito, estritamente, democrático a representatividade é diretamente proporcional ao número de representantes, portanto quantitativa e não qualitativa, se tanto, simétrica. Aposto pela simetria. A democracia tem preço alto? Sim, tanto quanto qualquer outra forma de governo. Propõe-se diminuir a representatividade, pois é essa a opção contrária, já que não aumentá-la quando possível e legal, é sim diminuí-la, alega-se: dispensável. Trata-se aqui da justiça Salomônica - se ambas querem; que se parta ao meio – por demais ultrapassada e tediosa. Pois hoje, politicamente corretas, ao menos em discurso, ambas as mulheres abdicariam do seu pedaço de filho por um filho inteiro. O que não se entende é o número necessário e suficiente de representantes: 40, 20, 10, 5, 2, 1, nenhum? Nenhum direis, pois o custo é zero. O dinheiro é nosso, por óbvio, mas a Câmara Municipal somos nós, simetricamente representados. Velo pela instituição, não por esses vereadores, sei que a água está suja, mas nãos se joga o bebê junto com ela. Não é o discurso, assinado, mas é notório, já que falamos em poder, que os mais poderosos querem uma câmara mais “enxuta”, em nome da moralidade, corte de gastos etc. E é claro que vão deslocar – em discurso e só em discurso - esses caraminguás economizados à Saúde, buracos e aumentar o salário dos professores etc.