26 de set. de 2011

Altruísmo.


Se o latim é língua morta, por ausência de falantes. A palavra altruísmo é letra morta, pela impossibilidade contemporânea de sua prática. É de se pensar se algum dia pôde ser exercitada sem que se tratasse de um oximoro prático; concreto, pela sua geometria lancinante; para além de um cinismo verbal. Deve-se antes de mais nada, sacá-la de em meio ao pó dos tempos, limpá-la com cuidados de antropólogo de lupa e pincel, para identificá-la, então perguntar-lhe por camadas invisíveis de significados, quais estamos impedidos. É como perguntar ao osso pela sua carne ausente. Nada dirá o significante, mais para lá de sua fossilizada e bela estrutura. Mas, e se pudesse falar, se pudesse significar? Mas não pode! Pois se praticado o seu devir, ela retornaria ao limbo das coisas desnecessárias. Pois onde há necessidades, é pela justa ausência de altruísmo. Por qualquer motivo, mas basicamente pela contradição do nosso modo de produção e manutenção da vida, que Sumo Pontífice! Que é ? Se algo mais que produzir justamente: necessidades! Mas dizem que há altruístas, há deles, fotografados. Mas, que dizer, santa, se não que onde há altruísmo o resultado é epigramático. E para poupar-lhe de ir ao dicionário, altruisticamente, digo que oxímoro é uma combinação engenhosa de palavras incongruentes como: bondade cruel e epigramatico é a mordacidade essencial da composição poética cruel de tal atroz palavrona.    

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