28 de fev. de 2011

Tabaco.

Era uma manhã em meio uma nuvem de moscardos, quando seu avô paterno lhe ofereceu um cigarro de palha para afugentá-los. A troca de sorrisos. O frou-frou das folhas do berinjelal. O silêncio. O menino pensou na proibição reiterada. Mareara! O avô se tirou do lábio inferior um fiapo de tabaco antes de falar. - Não tenha medo - disse sossegadamente. Na segunda tragada o mareio decresceu em intensidade, e ai pode plasmar melhor o prazer; tecer o que encerraria as razões poéticas da quietude, do segredo e do sigilo do avô. Se sentia desenvolvido, o câmbio pelo rito e de ritos e dogmas como seus próprios e excepcionais pensamentos; um misterioso processo estelar. - A vacuidade aguarda certamente a todos que urdem mistificações – disse o avô. Ele pensava em desarmes, não exatamente em ameaças ou chibatadas que são coisas das hostes dos Santos Saudáveis. A sombra do chapéu, o sol em contra o impediam de ver no avô os olhos azuis, os via de memória. As lâminas de tabaco soltas na palma da mão, o lento esboroar dos mesmos dedos que ligam e as enrolam na palha, uma flama e a fumaça iluminava aquele rincão. A cara esquálida, debaixo do chapéu, do menino se agitou e escapou autêntico ou uma versão autêntica, se vestiu de noivo, compadre, véu, flores-de-laranjeira, de lideres desaparecidos, de traidores, nunca selvagemente, acercou-se do mar, da orla, pisou na areia molhada, viu seus pés, lentamente, afundarem na terra palpitante, viu o cadáver inchado de um cão-sem-dono cheio de vermes. O fez que vi. O juro. Mas não sei se aqui.

27 de fev. de 2011

Por que não deste um raio, brando, ao teu viver?

Aproveitando um bloqueio deixo um poema do baiano Pedro Kilkerry musicado por Augusto de Campos e Cid Campos em Poesia é risco.


Agora sabes que sou verme.
Agora, sei da tua luz.
Se não notei minha epiderme...
É, nunca estrela eu te supus
Mas, se cantar pudesse um verme,
Eu cantaria a tua luz!

E eras assim... Por que não deste
Um raio, brando, ao teu viver?
Não te lembrava. Azul-celeste
O céu, talvez, não pôde ser...
Mas, ora! Enfim, por que não deste
Somente um raio ao teu viver?

Olho, examino-me a epiderme,
Olho e não vejo a tua luz!
Vamos que sou, talvez, um verme...
Estrela nunca eu te supus!
Olho, examino-me a epiderme...
Ceguei! ceguei da tua luz?





CIDADE CITY CITÉ

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augusto de campos







25 de fev. de 2011

Vontade política.

O mundo pode estar a desabar que Vicente Golfeto evoca o mallarmismo, mas podia ser a estupidez laplaciana para dizer: o movimento é binômio vetorial; sugerido pela sucumbência concorrente e livre no espaço euclidiano, entre objeto que fricciona-se com o meio que sofre a ação. Daí ser o movimento: o que resulta da reação do atrito que impede a ação atritiva que impulsiona. Já na Grécia dos homens pensantes montados em homens-cavalinhos, como o Prudêncio brascubano, sob as colunatas da Stoá praticavam austeridades inamovíveis. Zenão era econômico – todos somos economista, outros são palpiteiros - Ah! Zenão era tão econômico que deixou poucos seguidores. Seguidor é o mesmo que discípulo, que é o mesmo que sectário, é mosca na lesma lerda e por último é mimetização, que vem do grego mimetes – com carinho - já tiromante veio do grego turós queijo + mante, prever o futuro usando um queijo. É carnaval.

24 de fev. de 2011

Aforismo: Morrer é circunscrever tempo e espaço em nossa insignificância.

É certa a universalidade do tempo, sua distributividade democrática, sua ubiquidade. O tempo está em continua expansão, é a sua fraqueza. Sem conseguir montar o silogismo necessário, só me resta avançar e dizer que junto com o espaço são as únicas matérias, a não pertencer ao regime de escassez do nosso mundo. Outra qualidade da dupla é a indexação de um em outro. O tempo por não escasso, deveria nos corresponder infinitude. Acontece que capturamos um braço do tempo. Este braço capturado que não se reintegra ao corpo universal do tempo é um esgarçamento. Tal acontecimento é um confinamento. Confinamento de um em outro. Com o confinamento, espaço e tempo, deixam de se expandirem. A ponto de deixarem de existir. O que explica a morte. Espaço ou tempo quando universal pode em sua dilatação dobrar-se sobre si,o que explicaria esse déjà vu.

22 de fev. de 2011

Juízo final ou a eternidade da morte.

Laura está dentro do vitral, melhor dito, na própria luz que o vara. A luz a faz fugir de si e dos próprios olhos luzes. Qualquer modo, esse, seus olhos luzes lhe fazem cegar. Então cerra os olhos e há luz. Responde a uma pergunta não feita. Tartamudeia: sim, sou o que sou. A luz por fim: leitosa, mais tépida que aguda. Está dentro do copo-de-leite cheio de leite a não permitir levantar a cabeça e abrir os olhos, por não haver cabeça nem olhos senão a ideia do leitoso branco, dentro dos olhos, sendo os próprios olhos lácteos. Nem silêncio ou ruídos. Nem luz. Laura não ouve o juíz, se defenderia, nem o pensamento existe, a dar voz ao juíz, ou defesa; apenas a névoa, e por toda parte, nem sabe se alguma pergunta, nuta lentamente, entre um século e outro, bafeja o cristal antes baço, sim o fim, um sopro. Os séculos estacionam, amontoam, perturbam-se entre uma não-pergunta e não esta. A luz no lento abrumar,se descobre do chapéu, gentil e demoradamente,recomenda. Saúda malandramente. Imêmore enleio de séculos. Nunca completamente nem no fundo do mar o dado naufraga o azar.

21 de fev. de 2011

Meu livro.

Há tempos passeio a veleidade de escrever um conto longo. Uma novela. Criei a personagem principal. Dei-lhe ares positivista e iluminista. Decidi que sua tragédia não é ser priápico, tampouco a alteridade, mas ao fim e ao cabo penisca.
Sua industria é desumana, e a executa com fervor patológico e ao final morre, para não nos matar a todos. Mas antes nos dará muitas dores de barriga e principalmente prisão de ventre.
O problema estava em como começar. Estritamente: Aquelas cinco ou dez linhas iniciais.
Há pessoas que me sugestionam e só depois me dou conta. Borges encontrava em Don Quijote um desses começos inesquecíveis:

En un lugar de la Mancha, de cuyo nombre no quiero acordarme, no ha mucho tiempo que vivía un hidalgo de los de lanza en astillero, adarga antigua, rocín flaco y galgo corredor. Una olla de algo más vaca que carnero, salpicón las más noches, duelos y quebrantos los sábados, lentejas los viernes, algún palomino de añadidura los domingos, consumían las tres partes...

Sendo facilmente influenciável gostava de construir um começo digno. Assim a cada dia me punha diante da tela a pensar e de repente estava lá eu a fazer rasta na sobrancelha. Até que resolvi plagiar Machado de Assis e criar um narrador rumiando coisas do passado, retomadas pela memória que não mente e nem falseia, mas esquece, a bem do leitor, e não é que o cara fica sentado diante da tela branca do BrOffice tirando ouro do nariz!

19 de fev. de 2011

Bullying.

Até onde o estado deve ser mediador das relações sociais ?
O menos possível! Gloso. O neoliberalismo quer o estado mínimo na economia, no mercado e que este próprio se regule. Aparentemente há regulação de “alto nível” no mercado mobiliário, cujos participantes sugerem resoluções de controle, é dizer: autocontrole, tentativa de minimizar vantagens indevidas devidas à desinformação do incauto, infrações fora deste âmbito, desta zona cinzenta, nebulosa; o estado usa o poder de polícia. Há também algo no mundo dos bancos, futebol e outros esportes.
O bullying numa de suas modalidades é a rejeição como atitude. Rejeita-se manifesta e explicitamente. Gosto. Pois, partir da declaração e da ciência pode-se discutir a questão.
Moisés baixou do monte dizendo que deus ordenou que nos amassemos. Nos odiamos e líder amado é líder deposto ou morto, e morte é uma chancela que cancela muitos vícios do cidadão enquanto vivo. O rejeitado pode e deve rever posições e comportamentos, para ser amado ainda em vida.
Não podemos sair de um momento histórico onde o estado era detentor de prerrogativas exorbitantes (absolutismo) para o tempo dos direitos e prerrogativas exorbitantes do cidadão (democracismo, judiciarismo) à custa dos outros cidadãos, quer dizer, poder pode, espero não ver ninguém ser julgado por botar apelido no outro. Polícia e tribunal custa uma dinheirama.
Borná, dizíamos a um menino filho de um sitiante que sempre levava à professora Terezinha um embornal cheiinho de frutas. É borná ê! É borná ê! Eramos crianças.

18 de fev. de 2011

Bento Santiago: por óbvio é casmurro.

Bento Santiago metido consigo, por meio de: deus é poeta, satanás é maestro e Shakespeare um plagiador. Bento Santiago é um plagiador do plágio e quis ser Otelo. Deixa\faz morrer a amada para ter\ser imortal o seu amor, pois o “objeto” é uma atrapalhação que enreda.

17 de fev. de 2011

Bento Santiago é feminino.

Não, não é mulher, nem tentativa de ser, imitação de, transmutação, metempsicose, transmigração etc é feminino.

...A divisão que foi sempre uma das operações difíceis para mim...

Sua lente de ver o mundo é a lente feminina. Tampouco tem mente feminina. É feminino. À imagem da mãe e suas referências. Um exemplo: O rapazito quer ir à Bahia. A mãe diz que não têm dinheiro nem para chegar a Belo Horizonte. O pai os leva à Bahia, estende a viagem ao Recife com chances de chegar a Fortaleza, estoura o cartão no último dia, dá um cheque descoberto, cobri-lo-á “assim que” chegar de volta, caso consiga o dinheiro. O filho volta estupefacto, louco para uma nova viagem. Caso fosse com a mãe a Belo Horizonte. Dormiria num grande hotel, tomaria café da manhã a cada dia, almoçaria, jantaria e iria para a cama de banho tomado e dentes escovados e: ...a Barra do Sahy é muito mais...
Bento Santiago tem essa referência e não sabe esquecer, esquecer de esquecer-se de lembrar. Bento Santiago não se lhe esquece ou escapa as meias ou as cintas ligas da autóctone afrancesada, que cai e levanta-se presta com a “manha” de ocultar prováveis arranhões no joelho e segue em seu tique, tique, tique, tique...

Bento Santiago quer confessar-se, e para usar uma parole inusitada cita Montaigne: ce ne sont pas mes gestes que j’escris, c’est moi, c’est mon essence... diz-se que a essência é o conjunto do resumo do bem e do mal encarnado, isso é um saco de ossos de um desencarnado e com as falanges se embaralham os escafoides, enfim, não diz da bondade de si, senão que dá a bengala a um cego que perdeu o bordão e perde o trem... Voilà mes gestes, voilà mon essence...

15 de fev. de 2011

Bento Satiago vive só.

Bento Santiago vive só. Viver só é diferente de viver na solidão. Só é tão-só sozinho. A solidão é povoada, é demografia fantasmal orgiástica. Bento Santiago está e vive só, pois somente assim é possível a certeza. Certeza do caminho, certeza que assim lhe queriam; só. O amor é incerto. As declinações do latim são uma obrigação, além de certas.
Bento Santiago não julga e por desnecessidade: não perdoa, não culpa, apenas resigna-se, sem se entregar a própria condição humana. Bento Santiago só quer saber, é o seu vício pequeno burguês.(Poder do conhecimento: O sujeito sabe, a coisa, objeto são meras implicações do poder-saber. Michel Foucault) Bento Santiago é civilizado ( em antagonismo a bárbaros, entregues à paixão - aqui vale repisar Foucault: não há relação de poder entre indivíduos livres - assim no "bárbaro" o poder não se perpetua, só no "civilizado" se estabelece a priori a relação de poder), reservado versus transbordado, no cerne de uma família que rubra diante dos superlativos( empáfia de quasiescravo) de José Dias ( fóssil vivo da escravidão), assim como faz Bento Santiago não ver sentido “reservado, civilizado, burguês” no simples canapé quando ocupado por homem e mulher. Gustav von Aschenbach, homem civilizado reservado, ao experimentar essa “entrega à paixão” ( Morte em Veneza) enlouquece. Bento Santiago nem chegou a experimentar, fugiu, para que talvez amar seja dividir,coisa deveras inútil numa sociedade que encontrou sua expressão, mais superlativa, na propriedade.


Se quiser saber o que é paixão leia:clicando
Zé Gabriel

14 de fev. de 2011

Bento Santiago é quântico.

O Princípio da Incerteza de Heinsenberg diz que o instrumento de medir o observável interfere no valor desta. Fóton e elétron se equivalem. Sendo fóton instrumento, elétron o observável. Para saber a posição perde-se informação da velocidade. Bento Santiago se dá conta que a razão não é medida para o sentimento e este é por assim dizer desrazoado por excelência. Mas tampouco se pode medir sentimento com sentimento, ainda que se possa fazer equivalência, mas é só equivalência entre sentimentos coisa que não se atinge desde um arrazoado que é o cânone conjugado possível, porém impreciso. Bento Santiago cogita que entrou na vida por duas portas, ao perceber que sabia latim a ponto orgiástico e era um analfabeto respeito ao amor. Onda ou partícula. Duas vidas e a mesma.

13 de fev. de 2011

Bento Santiago é intangível.

Bento Santiago é intangível se não compreendermos a infância de Machado de Assis. Para mim a infância machadiana é Machado cronista, aonde ensaiava o cômico-fantástico ou sério-cômico também dita sátira menipeia (seu iniciador foi Luciano de Samósata, filósofo cínico nascido na província romana da Síria e que viveu entre 125-181 d.C.), que influenciou Erasmo de Roterdam com “Elogio da loucura”; Rabelais com “Pantagruel”; Swift com “Viagens de Gulliver”; Voltaire com “Micrômegas”; Quevedo com “O Gatuno”, Joyce com “Ulisses” etc.) segundo Enylton de Sá-Rego. Machado foi ainda um dos poucos ficcionistas - pós-romanticos - brasileiros que leu Schopenhauer – que o compreendeu foi o único -.
Bento Santiago é mestre satírico, no bonde com o poeta, bebendo Chianti e licores com um tenor sem voz, com o agregado José Dias - um caju chupado - “eloquência a altura da piedade”
...”—Não, Bentinho, disse ele- basta um alopata; em todas as escolas se morre. Demais, foram idéias da mocidade, que o tempo levou; converto-me à fé de meus pais. A alopatia é o catolicismo da medicina...”

10 de fev. de 2011

Bento Santiago disse: há muita metafisica em: a vida é uma ópera.

Bento Santiago come bem e não dorme mal, horta, jardina e lê, de memória tem a recordação doce e feiticeira. Quase escreveu alguma aridez, mas em busca de inquietas sombras... Teve muitas tardes como aquela de novembro de 1857, melhores ou piores mas não inesquecíveis como. Marcolino diz que a terra é o teatro construído por Deus para executar a ópera criada por Satanás, não foi demolido ainda por alguma utilidade astronômica. Demasiada metafísica, mas aceitável uma vez que os filósofos na maioria das vezes “somos” frustrados jogadores de futebol. Bento e Marcolino esvaziavam Chiantis e de seguida licores e louvam aos deuses, e pedem que as fumaças dos humores humanos lhes cheguem às narinas. Talvez seja uma falha de suavidade. Mas Bufalo Bill atira para matar. Não falha. Ou sera Billy the Kid o infame!
Tem graça...
Graça? Bradou ele com fúria. Eu não acho graça.

9 de fev. de 2011

Bento Santiago. Falocêntrico.

Tragédia falocêntrica por universal!

Bento Santiago quer viver sua vida como se toda essa vida fosse uma narrativa, mas falha na vida, ou melhor falha a narrativa, ainda melhor, a vida que narra é um desvio da narrativa que se propõe como guia da vida. Assim Bento Santiago falha ao narrar o vivido, falhando como narrador. E a esta falha nos designa a emendá-la. Roberto DaMatta diz de nós: o sujeito é a relação; e dos protestantes: o sujeito é o sujeito. Por isso entre nós o feminino é o ente mediador, já que funcionalmente é elo do que somos - relação- e seguindo e seguindo dá em mediadora em mediatriz e então meretriz do interno: o corpo, o sentimento, a casa e o externo: a multidão, a cidade, etc. Assim no centro da tragédia de Bento Santiago a cisão daquilo que o liga ao exterior, o deixa tão perplexo como diante do primeiro beijo. Bentinho fazia verdadeiras orgias com latim e nada sabia de amor. Daí que no primeiro beijo de Bentinho, Bento Santiago antevê que seu elo com o exterior, não se ligava ao sentimento universal(Bento), Capitu não renunciará dos benefícios ao alcance da mão. Assim Capitu é harmonia, além do bem e do mal, ademais de alheia à universalidade coisa por pressuposição: burguesa (coisa vitoriana)(falocêntrica). Para tanto cumprimos nosso papel ao tentar preencher a lacuna (proposital ou não da narrativa de Bento Santiago).

8 de fev. de 2011

Bento Santiago. A ópera que é palha e aço! Palhaço.

Bento a respeito do sabor póstumo das glórias interinas, queria saber o que fere e o que cura( difere, indiferente, oferece, prefere, defere, diferenças, transfere, féretro etc) buscou nos livros e nas próprias traças que roem os livros, mas estas não sabem o quê roem, sabem que roem, sem amor ou ódio. Esse roer e esse silêncio sobre o roer, é possivelmente roer o roído. Assim que a menina roía e não comia às colheradas, cingia-lhe barcos de papel até outra borda. Por ela, Bento escreve e toca aos compiladores e aos ouvidos de um que se detém e, este o imobilizará na eternidade desapiedada: o instante.

7 de fev. de 2011

Bento Santiago.

Bento Santiago está bem. Deu umas cochiladas no trem por óbvias sensaborias poéticas. Sem querer emendá-las está inclinado a preocupar-se com a eternidade e sua pendularidade e descarada falta de interesse para com a duração de felicidades e suplícios. Deixa assim claro que a eternidade é pendular. Intangível, imaginar o que é isso, de tal modo escapou a Dante. Sabe que as odes, os dramas e todas as obras de arte já existem e já feitas, a razão é a metafísica. Santiago crê que Ezequiel está impossibilitado de pousar. Qualquer coisa: as mãos, os pés, os olhos, ele todo enfim, mas cogita.

6 de fev. de 2011

Homenote.

Vira e mexe aparece um Home-note. Para mim home-note é a nota que homenageia um homem. Não precisa ser macho. Só homem, humano. Elas sempre dizem bem do indivíduo. Até ai nada, neres de neres. Hoje li a homenote de um que deu e dá a vida pelo ambiente. Olho para os lados e não ouço mais o tiziu. O tiziu pousava no pendão da braqueara e fazia ti ti ti tiziu e dava um, digo um pulinho. Pois bem o tiziu, sumiu. Os bigodinhos estão nas gaiolas. Eu me deparo com a seguinte equação: o que os automóveis e outros escapes dos ambientalistas lançam no ambiente, poluem mais que a bizantina Alagoas. Ninguém fez nada pelas maritacas e elas invadiram estas paragens. As maritacas são os ratos do ar, fazem um barulho infernal, paradinhas são bonitinhas até engraçadas: verdes, qualquer coisa de vermelho e amarelo. Mas enfim houve aquele que deu a vida aos pobres, e parece que pobres brotam do nada, deve de ser por culpa do J. Serra e seu ácido desoxirribonucleico genérico, afinal tanta gente boa no mundo, todos preocupados com o outro. É a quintessência do paradoxo. Um espanto! Diria Bertolt Brecht. Para que a prefeitura tem que gastar a maior grana, não com os animais presos, mas com os administradores do Bosque, a administração consome o que era das feras. É o que se diz: o que é do homem os lobos não comem. As empresas com os caras mais criativos, altos salários, departamento jurídico, economistas ilibados, adm. formados em Havard, leram MacLuhan, John Cage, a Arte da Guerra – Estratégia militar – de Sun Tzu, tumba, créu, quemquédinheiro etc. A gente escolhe os nossos melhores representantes e todos falam em gestão transparente, de pessoas, compartilhada, inclusiva e o maldito ônibus, créu, tumba, quemquédinheiro, trash etc. Todos somos “a favor” da vida, da ávida dádiva, ou da diva grávida da dívida. Nenhuns que caibam na palma espalmada da mão - nega dá a mão, nega – estão em justaposição contrária. Digamos ou dignemo-nos a dizer: eu odeio o outro. E ai então fazer tudo ao contrário. Espero o sinal dar o verde. Paradinho no amarelo. Obsequio os melhores conhecimentos e técnicas aos meus afazeres, mas sumo pontífice, eu odeio a todos. Mas procuro a melhor palavra, uma que não puída para por, botar na frase. Faço de tudo para não fazer uma colocação. Eu não coloco. Digo: posso dizer o que penso, se me permite. Eu até gosto de alguma MPB, mas não toco para não atrapalhar alguém que goste de outra música, um silêncio de mil compassos. Meu celular não toca, vibra, certo é que vibra forte nas poucas vezes, como os corintianos. Ah! Já sei, vou construir um pousa bondades, bem no jardim de casa, vou copiar a arquitetura do Julio Cortazar; se bem que ele construiu um pousa tigres. Penso que dará ao mesmo, afinal os tigres e os bondades não existem desse lado do oceano. Sumo sacerdote! dá para acreditar numa sociedade que tem como livro de cabeceira a Arte da Guerra! Cazzo! Pur troppo não há ciò... bizarro! Bò! Cerco di capire ciò che ci circonda, migliorare...ecco!. E eu lia Lao Tsé, Tao te king, pau é no ring, jonnie mete bronha é comigo, se não tem birinight...no bar eu castigo, vamu num forfet meu bem, pra happy end é só dá pá nós no trem. Bob ê! Bob ê! Iu's the king! Mas eu li também Niccolò Machiavelli, é uma sabedoria intestinal, rameira, mas o danado daquele livro fora impresso com supostos comentários de Bonaparte o tio, tipo: o que importa são os interesses, não os direitos. Bruto o Napoleão, fácil dizer isso, as cabeças já estavam todas dentro do cesto, e a guilhotina era só uma peça para museu.

5 de fev. de 2011

Fora Mubarak. مبارك لا لخدمة الشعب المصري.

وردا علي سؤال حول المحادثات التي أجراها مع الإدارة الأمريكية بشأن انتقال السلطة‏,‏ قال سليمان‏-‏ في مقابلة خاصة أجراها مع شبكة‏'‏ إيه بي سي‏'‏ الأمريكية أذاعتها أمس الجمعة‏-‏ إن‏'‏ المكالمة كانت مع وزيرة الخارجية الأمريكية هيلاري كلينتون‏,‏ وناقشنا هذا الأمر ولكنها لم تطلب أن يتنحي الرئيس مبارك الآن‏..‏ولكني أبلغتها أن هناك عملية تجري وفي نهايتها سيغادر الرئيس‏'.‏



praça tahir egito video




وأشار إلي أن جزءا صغيرا فقط من الشعب المصري يرغبون في رحيل الرئيس مبارك علي الفور‏..‏وقال‏'‏ هناك عدد قليل من الأشخاص يطالبون بذلك‏..‏وهذا أمر ضد ثقافتنا‏.‏ نحن نحترم رئيسنا ونحترم أبانا ونحترم الشخص الذي يعمل لصالح بلده كما عمل مبارك‏'.‏
وردا علي الاتهام بتجاهل مطالب المتظاهرين‏,‏ قال نائب رئيس الجمهورية إن خطاب الرئيس مبارك يوم الثلاثاء الماضي كان محاولة للرد بشكل إيجابي علي مطالبهم‏.‏
وأضاف‏'‏ أن هذا الشيء الوحيد الذي يمكن أن نقدمه لأن الوقت محدود‏..‏ نحن لدينا‏210‏ أيام فقط حتي الانتخابات الرئاسية‏.‏ ولا يمكن أن نفعل أكثر من ذلك‏.‏ سنعمل علي إصلاح الدستور الذي سيستغرق أكثر من ثلاثة أشهر‏'.‏
وبسؤاله هل شعر بأن الولايات المتحدة الأمريكية خانت رئيسه‏-‏ قال السيد عمر سليمان إن‏'‏ ما أسمعه من أوباما هو أنه يدعم الشعب المصري‏..‏الرئيس أوباما أبلغ رئيسنا بأنه رجل شجاع‏'.‏
وفيما يتعلق باندلاع مظاهرات مماثلة في تونس أدت إلي فرار رئيسها‏'‏ زين العابدين بن علي‏'‏ وعائلته الي خارج البلاد‏,‏ تعهد سليمان بأن هذا الأمر لن يحدث في مصر‏,‏ مشيرا إلي أن الرئيس مبارك ليس لديه نية لمغادرة بلاده‏.‏
وقال‏'‏ إن مصر لن تكون مثل تونس بأي شكل من الأشكال‏..‏ إن الأمر مختلف‏..‏ إن رئيسنا مقاتل‏..‏عاش علي أرض مصر وسيموت علي هذه الأرض‏'.‏
وبسؤاله ما إذا كانت مصر ستظل تدعم اتفاقية السلام مع إسرائيل‏,‏ قال نائب رئيس الجمهورية السيد عمر سليمان‏'‏ نعم ستكون هناك اتفاقية سلام‏..‏وسنحافظ عليها بشدة ولن ننتهكها أبدا‏'.‏
وحول مهاجمة المتظاهرين المؤيدين للرئيس مبارك للمتظاهرين المناوئين للحكومة‏,‏ قال سليمان‏'‏ إنه من السييء أن نري هذا الأمر لأننا لم نر مثل ذلك من قبل‏..‏من الناحية العاطفية فإنهم توجهوا إلي الشوارع للتعبير عن مشاعرهم لرئيسهم‏..‏ولم نعرف لماذا اتجهوا إلي ميدان التحرير‏'..‏وأضاف أنه يعتقد بأن المتظاهرين من مجتمعنا‏,‏ وليسوا أجانب‏,‏ ولكن من المؤكد أن هؤلاء الأشخاص مدعومون من أجانب‏.‏
ونفي مقتل أي شخص سواء كان متظاهرا أو غيره ببندقية أو قناصة‏,‏ لافتا إلي أن المجموعة المؤيدة للرئيس مبارك تصرفت علي نحو جيد‏.‏
وأضاف‏'‏ نحن نعتذر للشباب‏,‏ لكن في الوقت نفسه يجب علينا أن نعرف من يقف وراء هذا الأمر بالضبط‏'.‏وأكد مجددا ما قاله مسئولو الجيش المصري في التليفزيون المحلي منذ عدة أيام بأن الحكومة لن تستخدم الجيش ضد شعبها حتي في هذه اللحظات العصيبة‏.‏
وقال نائب رئيس الجمهورية‏'‏ إننا لن نستخدم العنف ضدهم ونطالبهم بالعودة إلي منازلهم‏,‏ ولكن لن ندفعهم للعودة إليها‏'.‏
وأشار إلي‏'‏ أنه في بلد تعتمد علي السياحة مثل مصر‏,‏ فإن هذه الاحتجاجات تضر بشدة بالشعب المصري واقتصاد البلد‏',‏ مقدرا أن نحو مليون سائح غادروا القاهرة منذ اندلاع المظاهرات في الخامس والعشرين من شهر يناير الماضي‏.‏
وقال سليمان‏'‏ شعبنا يرغب في التعبير للأشخاص المتواجدين في ميدان التحرير بأننا الآن بلا عمل‏..‏آمل في

4 de fev. de 2011

SOFISMADO DE LADINO.

Não me diga que ando engambelando...Já vi muitas nuvens, mas a primeira vez que me senti gasturado foi ao deparar-me com a palavra “dialética”. Confesso que inveja minha foi de uns que não esbarravam com palavra, feia que fosse. Contrário de ficar com ódio do texto gastei o dedo, linha a linha, o que não bastou. Busquei outras fontes. Até que um dia vagabundeando pelo centro entrei na livraria Hedonê e bimbiblim: Dialética da Natureza de Engels. Devorei. Confesso, fiquei mais ignorante que antes, nem a mais mindinha ideia, vi que isso não me desentortava. Segui campeando e quando já me libertava daquele escuro dialético, vi surgir de sobrevento, desfraldando outros desprevenimentos, flanando sua bandeira na ponta do pau a palavra conjectura. Caído e calado agradeci a fineza, busquei repouso ao coração, bebi café, fumei cigarro e rumiei guerras desconjuntadas sem saber que já conjecturava. Sabia fruto sem saber árvore, até que numa palestra do Florestan Fernandes fui colher conjecturas verdes do pé de conjuntura, todos riram. Rissem pensei silencioso. Então era isso, conjeturei: conjuntura ideológica. Agudo temi, que súcia de homens! Estúrdio! Mas cada dia a gente aprende. Criaturas tão ruins nas inocências da maldade. Comecei a entender que tinha uma arma na mão, mas não sabia de que lado saía o chumbo, nem a vida é entendível. Espiava, é só, começos. Segui dando o comer às minhas miudezas e à mais frágil, alegria, um milho além. Ri bovinamente.

3 de fev. de 2011

Gourmets, Sibaritas: gourmandises. A cebola.

lágrima de cebola


A sorte das nações depende do modo que se alimentam. Brillat-Savarim .




A cebola é Kierkegaardiana, um ser em várias camadas, que ao ser desvelado capa por capa, sempre nos mostra menos, até o próprio lugar nenhum, onde a profundidade é sinônimo de vacuidade, nada. Tinha um amigo que não lhe gostava a cebola, repetia isso a cada encontro gastro enólico. Um dia me cansei dizendo enolicamente: quem é você para não gostar da cebola, ela é que pode gostar ou não de ti. Talvez o tenha dito mais; que a cebola ao menos faz chorar e ele melifluamente: minha mãe... mas não me lembro desta parte.
Há uma cena em Brazil o filme em que o protagonista viu seu amigo sumir em meio um redemoinho de folhas de jornais e no intento de localizá-lo naquele embrulho, separa desesperadamente folha por folha até chegar no mais absoluto nada.
A cebola pode ter seu ponto de partida na Ásia – Afeganistão - , passou pela Pérsia, Africa.. andou mundo. Faz chorar por exalar - ao ser cortada – ácido sulfínico que é volátil e instável, e o gás produto desta instabilidade em contato com a água dos olhos produz ácido sulfúrico, que é irritante, então choramos para diluir o ácido. Enfim a cebola é controversa.
Encontramos alguma variedade da allium cepa por aqui, menos do que se poderia, devido a monocultura subjacente. Eu gosto muito da cebola nacional para a salada.
cebola nacional

Tomate e cebola, azeite e sal. A cebola nacional é aquela mais oblonga, digo aquela, pois a maioria é produzida por aqui. Como dizia: oblonga e a sua camada mais externa nunca se seca por igual não sabe envelhecer, como a da argentina. Ela é excelente para a salada, por ser mais adocicada. Quando recém-colhida é mais tenra, é o momento ideal para desfrutar de todas suas qualidades, mas se pretender algum preciosismo de textura, vá a parte mais interna do bulbo. Como o caso é salada de cebola, esta merece um corte especial. Sempre a corto na longitude e em quatro, desmancho-a o menos possível. Uso uma flor de sal, sal marinho etc. Azeite - tenho um que se acaba – de azeitonas alberquinas, sua acidez muito baixa e a pouca força da azeitona é ideal para apreciar o vigor desta delicadeza.
cebola roxa
A cebola roxa é globosa e é algo mais picante e menos doce que a cebola branca nacional. É uma alternativa para saladas que carecem um pouco de cor. É fantástica para refogados e quando se quer ganhar tonalidade para o molho final. Ao ser refogada perde sua cor. Uma maneira deliciosa de perpetrá-la é assada e depois cortada em lágrimas.
Outa possibilidade é a cebola globosa e dourada, que alguns dizem: argentina. cebola argentina
Tango puro. Altas concentrações de sulfínico. Eu não choro, por usar lentes de contato, creio. Gosto dela para fazer refogados. Se presta muito para o trabalho de cortar em cubinhos, sua formação não se desfaz facilmente, permitindo cortes mais amiudados. Coisa que se poderia conseguir com um ralador, mas que desde já se diga, não é a mesma coisa. Ao ralar danifica-se completamente suas células e fazendo-a verter mais liquido e por conseguinte gás, fazendo mais chorar, e pouco se prestando ao refogado, que vira uma papa.
Sua acidez, muito ajuda no cozimento de outros alimentos – amolece - . É um ingrediente fácil nos ceviches por esta razão, cozinhar o peixe.
Cortes.
Pode-se cortar na forma de lágrimas.
Em cubinhos mui pequenos, são chamados brunoises.
Em cubos um pouco maiores, são chamados mirepoix ( note que aqui o nome inicialmente é de um conjunto de ingredientes – base para cozidos em geral - que é formado por cebola, cenoura, aipo, toucinho etc, também se presta a dar nome ao corte.)
Em tirinhas do sentido longitudinal, são chamadas: a juliene, a juliana.
Ou ainda em rodelas grosseiras, grossas, finas e finíssimas.
O tamanho do corte é determinado pelo uso subsequente, tem finalidade. O brunoise tende a desaparecer dentro da preparação do prato, enquanto o mirepoix tanto pode permanecer visível – na sopa – como ser coado, apartado do que se tem de fato interesse o caldo, os sucos.
refogado

Existem tantos refogados quantos podem imaginar uma pessoa; que imagina mais coisas que as pobres coisas que existem. Eu já perpetrei um refogado por duas horas e trinta minutos. Tudo para fazer uma paella. Valeu a pena.




cebolinha de conserva assada embebida em balsâmico sobre gelatina quente de cassis, estágio ElBulli-Hotel-Sevilla

2 de fev. de 2011

Gourmets, sibaritas: gourmandises. A SALSINHA.

Salsinha.

Cuidado com a salsinha picadinha enfeitando seu prato. A salsinha quando fresquinha ajuda a “abrir o apetite”, agrega frescor ao prato e aromatiza. Se misturada à água onde se coloca a alcachofra que se está a lavar, preparar, impede a oxidação da flor. Ela deve ser cortada miudamente com esmero. Um grande instrumento para isso é uma faca bem amolada. Deve-se cortar e não esmagá-la. A meia lua é um ótimo esmagador – em geral “cego” - , tanto que o processo a salsinha deixa na tábua todo o seu sumo. Há os que espremem em um pano, o produto do esmagamento, na tentativa de tirar todo o suco que ainda resta, tentativa esta desesperada de deixá-la sem umidades, afim de impedir que “melem”, processo em geral inócuo e inútil, meia hora depois a salsinha está a cheirar coco de porquinho-da-índia, malgrado o chef insiste com o “toque final” a enfeitar o prato. Mais vale uma folha da salsinha bem escolhida.




por exemplo



Assim há duas definições importantes: cortar e esmagar, picar. Para cortar: faca amolada, para esmagar, faca cega batendo, fazendo barulho, com frequência maior que certos processadores de certas CPU. Cortar é importante, quanto mais silencioso o processo, mais eficaz. Esmagar, pilar, picar é também importantíssimo, por exemplo na hora de fazer um pesto genovês. Aliás, o pesto genovês só vale a pena se feito do modo mais próximo do original: pilão, mão-de-pilao, folhas de basilicão ( escaldadas), pinhõezinhos, azeite extravirgem, alho (branqueado) e um grande parmesão. Por hora atento à salsinha que enfeita o seu prato.

NOTA: ESTES CONSELHOS ESTÃO ENDEREÇADOS À SIBARITAS E GOURMETS. TODOs OS DEMAIS PODEM DEVEM CONTINUAR A FAZER COMO SEMPRE.

1 de fev. de 2011

Parmeggiana...

Primeira matéria.
Matéria-prima.

Os cremes de leite em embalagem tetra pak ganham sua consistência por ação das gomas (espessantes) que contêm: carragenato, guar, jatai e xantana. Há os que se resignam com uma goma, mas há os que as carregam todas. A xantana é um espessante que espessa até água. Muito usada para as famosas reduções de “aceto balsâmico” . Sem a presença da goma se poderia reduzir o vinagre até a consistência, textura desejada, devido a presença natural dos açucares do vinho de origem. Mas a coisa virou febre, então deu-se a famosa “criatividade”: as gomas. Se um dia for fazer um “Tirami su” e usar estes cremes de leite, falharás, pois não são matéria-prima que dizem ser, senão que produto acabado, e além de carregarem uma infinidade de produtos do tipo E-(núm)., e não serem creme feito do leite, não servem ao propósito do capricho culinário ao qual alguém se dedica.
Agências de segurança alimentar (Brasil e exterior) autorizam o consumo destas gomas dentro de um limite diário. Aparentemente não causam problemas para a saúde. Acontece porém que, como se pode comprovar, estão por todas as partes. No suco, mais espesso que o suco natural, na redução do balsâmico, do cabernet-sauvignon, em todos os caldos e temperos prontos com um plus de MSG ( glutamato monossódico - ajinomoto) , no hambúrguer, no caldo para feijão etc. Ah! Em algumas margarinas, cuidado que estragas o teu bolo.
O glutamato monossódico por via transversa está presente até
nos famosos parmegianas de nossa cidade, via caldo de galinha ou carne, ( usam para temperar!)(famosa cozinha Franco-italiana-cearense) ou diretamente no molho de tomates “para tirar a acidez” (italo-falsa-mineira). Não duvido que tenha se imiscuindo à pizza. O famoso “molho madeira” via shoyo, para escurecer a água do banho de algum pedaço de carne desprezado, e a famosa “água-benta” ou mingau ou maisena ou amido de milho.
O comensal faz cara de gourmet, força o sotaque: - Garçon, um filé ao madeira. Tumba. Água do banho, shoyo, maisena e o famigerado bissulfito de sódio que impregna o famoso champinhom. O “filé” está temperado com glutamato e algo misturado. Bom proveito.