31 de mar. de 2010

o medo e a àgua.

a água tem certeza.
a água nem discute, evapora.
a água nem lembra-se do frio que fazia e congela-se.
a água ve o sol e degela.
a memória da água é seu guia, sua bússola na mudança.
temos essa memória, ainda sem a poder narrar. é vaga.
o medo do bosque.
o medo da chuva.
o medo da seca.
o medo da fome.
o medo.
o medo é a ferramenta que nos adianta algo de ruim que já aconteceu
.

22 de mar. de 2010

A ÁGUA DE CADA DIA NO DIA DA.

Hoje é o dia da água.

A água está em tudo, assim é universal.
Não cria montes, se nivela. É dois terços do planeta.
Solvente universal.
É violenta em maremotos, trombas d’água, poços artesianos, erupções, torrentes, turbilhões, pororocas, enchentes, vagalhões, águas divisoras, águas divaricadas, gêiseres, cataratas, redemoinhos, rebojos, inundações, dilúvios, aguaceiros.
Tem fontes secretas. Satura o ar. Cai destilada em orvalho, simples H2O.
Penetra perseverantemente em canaletes, regas, diques e vazamentos.
Purifica, extingue a sede, o fogo , é portadora de nutriente à vegetação.
Toca moinhos, dínamos, turbinas, centrais hidroelétricas, lavanderias, curtumes e fiação.
Útil em canais, rios se navegáveis, docas flutuantes e secas: sua potencialidade derivável do domínio das marés ou corredeiras caindo de nível em nível: sua fauna e sua flora submarinas ( anacústica, fotofóbica) numericamente, se não literalmente, os in-habitantes do globo.
Ubiqüidade constitutiva de 90% do corpo humano, noxiedade dos seus eflúvios em pântanos lacustrinos, brejos pestilentos, flores murchas charcos, poças estagnantes a lua minguante.
Criadouro da dengue.
Ótima na cerveja, café, no gelo da caipirinha e do whysk.
Metamorfoseia-se em vapor, névoa, nuvem, chuva, granizo, neve, saraiva.
Algo assim escreveu James Joyce quando pergunta: que na água Bloom, aquamente, extrator de água, aguadeiro retornando ao fogão, admirou? Respondeu.

Estou sentado sobre o Aqüifero Guarani e a cinquenta metros há um poço artesiano que sacia a sede de Bonfim Paulista.
Outro dia li/ouvi que em vinte anos será o fim
do aqüífero Guarani.
Fico com o Leopold Bloom e seu turbilhão panegírico, poético e romântico. Outros razoamentos sempre estarão lotados (outro dia poderemos falar disso) como aos vinhos com os seus devidos e particulares interesses.
Fico também com a certeza que bebo água, pois a busco no poço antes da adição. Quando fazia um curso de química analítica quantitativa levei como amostra água deste poço artesiano, antes dos acréscimos de cloro e flúor determinados pela OMS. Outro tópico a ser discutido, sejam as adições generalizadas de substâncias a produtos básicos como farinha, água e etc. Práticas que como mínimo interferem na minha eleição individual, seja eu quero ingerir ácido fólico e flúor se assim me apetecer e nas quantidades que me fizerem falta. Esta granjazização me enfurece.
Beba água.
Eu prefiro cerveja, quando tal. Não esta cerveja nacional.

O pão de cada dia.

18 de mar. de 2010


If you're blue and you don't know
where to go to why don't you go
where fashion sits
Puttin' on the Ritz
Different types who wear a day
coat pants with stripes and cutaway
coat perfect fits
Puttin' on the Ritz

3 de mar. de 2010

a dama das camélias. uma puta pizza.



diante do meu pré tisunami literário, minha preguiça e seu direito, meu direito a preguiça.
uma pizza de salada, uma salada na pizza.
A Dama das Camélias é uma casquinha de pizza crocante, coberta com lágrimas de tomate sem peles ou sementes cozidas a baixa temperatura em azeite de oliva e posteriormente temperados. Rúcula cortadinhas a juliana e temperada com pesto genovês. Esparramo umas folhas de rúcula inteiras, uns tomatinhos cereja pelado e recheado com pesto, umas estrelinhas de carambola, uns pedacinhos de palmito, uns chips de casquinha de pizza com sabores variados; gorgonzola, aliche, bacon etc... e uns triangulos isóceles de queijo meia cura. Tudo temperadinho com pesto rosso.

bon apetite.
salut i força al canut.